Quando o filme Mestres do Universo foi lançado em 1987, poucos poderiam prever o impacto que ele teria, tanto no bom quanto no mau sentido. Baseado na popular franquia de brinquedos e animação He-Man, o longa trouxe Dolph Lundgren no papel do herói titular e foi dirigido por Gary Goddard. Apesar das expectativas e do carinho dos fãs, o filme não conseguiu conquistar o público e foi considerado um fracasso comercial e crítico. No entanto, o legado que deixou é surpreendente e duradouro.
O fracasso de Mestres do Universo
Mestres do Universo foi uma produção ambiciosa, com um orçamento de 22 milhões de dólares. No entanto, arrecadou apenas 17 milhões de dólares nas bilheterias, o que o classificou como um fracasso financeiro. A crítica também não foi gentil com o filme; no Rotten Tomatoes, ele possui apenas 21% de aprovação, com muitas resenhas destacando a falta de coesão e a direção fraca de Goddard. Descrições como “uma adaptação descuidada que não consegue superar sua cínica falta de razão” e “tão ruim que é quase boa” refletem bem a recepção da época.
Este fracasso não foi apenas um golpe para a reputação do filme, mas também teve consequências severas para a produtora. A The Cannon Group, que apostou alto no sucesso de Mestres do Universo, acabou fechando suas portas. Antes mesmo do lançamento do filme, o estúdio já planejava uma sequência, mas os resultados negativos forçaram a empresa a abandonar esses planos e, eventualmente, encerrar suas operações.
Uma premissa ousada e suas consequências
O enredo de Mestres do Universo mistura fantasia e ficção científica. Na história, o vilão Esqueleto descobre um artefato poderoso chamado Chave Cósmica, que o torna quase invencível. O herói He-Man, junto com o inventor Gwildor, acaba transportando uma versão da Chave para a Terra, onde é encontrada por dois adolescentes, Julie e Kevin. Isso leva a uma batalha épica que traz as forças de He-Man e Esqueleto para nosso mundo.
Apesar da premissa promissora e do potencial para agradar aos fãs da franquia, a execução deixou a desejar. A produção foi marcada por limitações orçamentárias que afetaram os efeitos especiais e a qualidade geral do filme. Além disso, a atuação e o roteiro não conseguiram capturar a magia da série animada e dos brinquedos que tanto encantaram uma geração.
O legado cult de Mestres do Universo
Embora Mestres do Universo tenha sido um desastre em termos de bilheteria e críticas, ele conseguiu se redimir com o passar do tempo, alcançando o status de filme cult. Muitos fãs da franquia e entusiastas de filmes de fantasia passaram a apreciar o longa por suas qualidades camp e pelo charme despretensioso que exala. A frase “tão ruim que é quase boa” ressoa com muitos que encontraram entretenimento na simplicidade e nos efeitos datados do filme.
A franquia He-Man, por sua vez, continua mais viva do que nunca. Recentemente, títulos como Mestres do Universo: Salvando Eternia (2021) e Mestres do Universo: A Revolução (2024) foram lançados e estão disponíveis para streaming. Além disso, um novo live-action está em produção pela Amazon, demonstrando que o universo de He-Man ainda tem muito a oferecer para novas gerações.
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Assim, Mestres do Universo permanece uma curiosidade fascinante na história do cinema. Embora tenha encerrado as atividades de seu estúdio original, seu impacto cultural e sua capacidade de entreter continuam vivos, mostrando que mesmo os maiores fracassos podem deixar legados duradouros.
