No vasto catálogo da Netflix, cheio de títulos que vão desde dramas cativantes a comédias leves, um filme em particular está atraindo novamente a atenção por razões distintas. Estamos falando de A Grande Muralha, um filme que combina ação e fantasia, estrelado por Matt Damon e Pedro Pascal. Este longa tem sido objeto de debates acalorados desde seu lançamento, devido às controvérsias que suscitou, e agora está disponível para ser redescoberto na plataforma de streaming.
A Grande Muralha foi recebido com críticas mistas e gerou discussões intensas sobre suas escolhas de elenco e a representação cultural. Neste artigo, mergulhamos nos detalhes do filme, explorando as razões por trás de sua recepção polarizada e por que ele ainda é relevante para os espectadores hoje.
A Trama e o Elenco de A Grande Muralha
O filme, dirigido por Zhang Yimou e lançado em 2017, apresenta uma trama ambientada durante o reinado do imperador Renzong na China medieval. Segue a jornada épica de dois mercenários europeus, interpretados por Damon e Pascal, que são capturados por uma ordem militar secreta na Grande Muralha da China. Enquanto lutam para sobreviver, eles se veem envolvidos em uma batalha monumental contra criaturas monstruosas que ameaçam o mundo.
Apesar de contar com um elenco estelar que inclui Willem Dafoe, além de estrelas chinesas como Jing Tian e Andy Lau, o filme não conseguiu convencer crítica e público. Produzido com um orçamento de $150 milhões, arrecadou apenas $334,9 milhões globalmente, tornando-se uma bomba de bilheteria que não recuperou seus investimentos.
Controvérsias e Críticas
A principal controvérsia em torno de A Grande Muralha foi a acusação de “whitewashing” e a perpetuação da narrativa do “salvador branco”, devido à presença de personagens brancos em um cenário medieval chinês. Além disso, as críticas se concentraram na trama previsível e na falta de desenvolvimento de personagens, apesar dos impressionantes visuais e cenas de ação.
Críticos como o The Hollywood Reporter e The New York Times descreveram o filme como decepcionante e superficial, criticando sua incapacidade de entregar uma narrativa envolvente que correspondesse à grandiosidade de sua produção. Por outro lado, o filme foi defendido por figuras como Ann Hornaday, do Washington Post, que argumentou que o personagem de Damon não era tanto um “salvador branco”, mas um complemento para destacar ideias de identidade nacional e bravura cultural dos chineses.
Resgate e Relevância Atual no Netflix
Apesar de seus desafios iniciais, A Grande Muralha está encontrando uma nova vida no Netflix, onde uma audiência global tem a oportunidade de reavaliar o filme fora do calor das controvérsias originais. Esta disponibilidade no streaming pode proporcionar uma chance para uma apreciação mais equilibrada de seus valores cinematográficos e culturais.
O filme representa um passo significativo na apresentação da cultura chinesa para um público internacional, com uma extensa lista de atores chineses que contribuem para sua autenticidade e inclusividade. Essa característica, junto com a habilidade de Zhang Yimou em dirigir cenas espetaculares, pode ser mais apreciada por espectadores que buscam entender a complexidade e os desafios de produzir uma obra que cruza barreiras culturais e cinematográficas.
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A Grande Muralha é um exemplo intrigante de como o cinema pode servir como uma ponte entre culturas, ao mesmo tempo que revela as tensões inerentes a essa função. Agora disponível na Netflix, oferece a todos os espectadores uma janela para revisitar um filme que, apesar de suas falhas, tenta tecer uma tapeçaria rica de ação, mitologia e intercâmbio cultural. Se você é um fã de cinema que aprecia uma discussão robusta sobre a arte e sua interseção com questões sociais, este filme certamente merece sua atenção.
