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Veja como foi construído o PRIMEIRO metrô do mundo

Descubra a incrível jornada de inovação e desafio por trás da construção do primeiro metrô do mundo, o icônico London Underground, que transformou o transporte urbano e a vida na metrópole londrina.

“Cuidado com o vão entre o trem e a plataforma.” Essa frase icônica, tão familiar aos usuários do metrô de Londres, carrega em si mais do que um simples aviso de segurança; ela é um eco da inovação e da história. O London Underground, carinhosamente apelidado de “The Tube”, não é apenas a rede de transporte subterrâneo mais antiga do mundo, mas também a quarta maior atualmente.

Sua construção, há mais de um século e meio, marcou o início de uma nova era para o transporte público e para a própria cidade de Londres, então a maior metrópole do planeta. Se você tem curiosidade de saber a história dessa incrível invenção que nos ajuda até os dias de hoje, continue lendo abaixo.

No século 19, Londres enfrentava um crescimento populacional exponencial, saltando de um milhão para 6,5 milhões de habitantes. As ruas, abarrotadas de pedestres, cavalos e carroças, tornaram-se palco de congestionamentos caóticos. A solução? Levar as linhas ferroviárias para o subterrâneo. Mas a jornada para a criação do primeiro metrô do mundo foi repleta de desafios, inovações e, claro, muita tecnologia.

Metrô
Créditos: Reprodução

A necessidade de inovar

A ideia de construir o metrô surgiu como resposta ao tráfego insustentável nas ruas de Londres. Originalmente, pensou-se em linhas ferroviárias ao nível do solo, mas o alto custo de demolição e o impacto urbano levaram à decisão de construir túneis subterrâneos. Assim, em 1860, iniciou-se a empreitada que, três anos mais tarde, resultaria na inauguração da primeira linha do metrô, atraindo 40 mil passageiros em seu dia de estreia.

O desafio da construção

Para construir o metrô, foi necessário escavar túneis de 10 metros de largura por seis de profundidade, seguindo o traçado das ruas centrais. Os trabalhos iniciais enfrentaram desabamentos frequentes, até a introdução de grandes tuneladoras, conhecidas no Brasil como “tatuzão”, que aceleraram o processo. As paredes dos túneis foram reforçadas com tijolos e grandes vigas de ferro, garantindo a estabilidade necessária para a operação dos trens.

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Uma revolução no transporte

Os primeiros trens do Tube eram a vapor, e a fumaça era um problema constante nas estações. Medidas foram tomadas para minimizar esse inconveniente, incluindo a adaptação das janelas das estações e a instalação de um sistema que direcionava parte dos gases para um tanque de água nos próprios trens. A transição para trens elétricos, concluída em 1905, marcou o fim dos desafios iniciais e o começo de uma nova fase na história do metrô londrino.

O legado do Tube

Hoje, o London Underground é um verdadeiro ícone da cidade, com 270 estações conectadas por mais de 400 quilômetros de trilhos, por onde circulam cerca de três milhões de pessoas diariamente. A invenção que começou como uma solução para o caos do tráfego do século 19 transformou-se em uma das redes de transporte subterrâneo mais eficientes e emblemáticas do mundo.

A construção do primeiro metrô do mundo não foi apenas um feito de engenharia; foi uma revolução que remodelou a forma como as cidades se organizam e como as pessoas se movimentam. Ao olhar para as origens do Tube, não vemos apenas a história de um sistema de transporte, mas a história da própria humanidade, sempre em busca de soluções para os desafios do seu tempo.

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