Uma viagem pelas icônicas indicações do cinema brasileiro ao Oscar, destacando a rica trajetória de filmes e talentos nacionais na mais prestigiada premiação do cinema mundial.
O Oscar, a maior premiação do cinema, é aquele momento do ano em que todos os holofotes se voltam para as grandes produções da sétima arte. Ele traz consigo não apenas a celebração dos filmes que nos cativaram durante o ano mas também abre espaço para discussões acaloradas sobre os esnobados e as surpresas da temporada.
Para os aficionados pelo cinema brasileiro, o Oscar representa um palco de reconhecimento internacional, onde nossa produção pulsante encontra uma chance de brilhar além fronteiras. Apesar da caminhada ainda contar com uma única vitória técnica, que nem sequer veio diretamente para nossos produtores, o cinema nacional tem marcado sua presença com indicações em categorias que vão de canções a dramas, incluindo animações e até mesmo o reconhecimento de uma diva das telonas brasileiras. Vamos mergulhar nas histórias dessas indicações que nos enchem de orgulho!
Histórico do Brasil no prêmio
Desde a primeira indicação brasileira ao Oscar, com Ary Barroso encantando com Rio de Janeiro, até as mais recentes conquistas em categorias diversas, o Brasil tem demonstrado sua capacidade de produzir obras de arte que resonam com audiências globais. Embora a tão sonhada estatueta de Melhor Filme Internacional ainda nos escape, cada indicação é um lembrete do talento e da paixão que movem o cinema brasileiro. Acompanhe conosco essa jornada pelas principais indicações do Brasil ao Oscar, relembrando não apenas os filmes e artistas que foram reconhecidos mas também onde você pode assistir a essas obras-primas do nosso cinema.
Ary Barroso – Rio de Janeiro (Melhor Canção Original)
A jornada do Brasil no Oscar começou em 1945, quando Ary Barroso foi indicado pela melodia encantadora de Rio de Janeiro para o filme Brazil. Embora a produção fosse majoritariamente norte-americana, com um toque mexicano, a essência da canção carregava o coração brasileiro de Barroso. Este momento histórico reflete a tentativa de aproximação cultural entre os EUA e a América Latina na época.
Onde assistir: Não disponível em streaming
O Pagador de Promessas (Melhor Filme Internacional)
A primeira indicação genuinamente brasileira veio com O Pagador de Promessas, em 1963. Este clássico do cinema nacional, dirigido por Anselmo Duarte, trouxe a emocionante história de Zé do Burro e sua cruzada contra o preconceito religioso, ganhando a Palma de Ouro no Festival de Cannes, um feito inédito para o Brasil.
Onde assistir: Globoplay
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O Beijo da Mulher-Aranha (Melhor Filme, Melhor Direção)
Em 1986, Hector Babenco colocou o Brasil na disputa do Oscar com O Beijo da Mulher-Aranha. Esta coprodução ítalo-brasileira destacou-se não apenas pela direção de Babenco mas também pelo elenco estelar que incluiu Sônia Braga, Milton Gonçalves e Nuno Leal Maia, em uma trama que explora as nuances da ditadura militar brasileira.
Onde assistir: Globoplay
O Quatrilho (Melhor Filme Internacional)
A onda de indicações brasileiras ganhou força em 1996 com O Quatrilho, uma história de amores cruzados em uma comunidade rural do início do século XX, marcando o início de uma série de reconhecimentos pela Academia.
Onde assistir: Globoplay
O Que é Isso, Companheiro? (Melhor Filme Internacional)
Em 1998, o drama sobre o sequestro de um diplomata norte-americano por guerrilheiros durante a ditadura militar brasileira trouxe mais uma indicação ao Brasil, destacando-se por sua intensidade e elenco de primeira.
Onde assistir: Globoplay
Central do Brasil (Melhor Filme Internacional) / Fernanda Montenegro (Melhor Atriz)
Fernanda Montenegro fez história em 1999 ao ser indicada para Melhor Atriz por sua atuação em Central do Brasil, que também concorreu como Filme Internacional. A performance de Montenegro e a narrativa comovente do filme tocaram corações ao redor do mundo.
Onde assistir: Globoplay
Uma História de Futebol (Melhor Curta em Live-Action)
Em 2001, o Brasil explorou novos territórios com a indicação de Uma História de Futebol na categoria de curtas. O filme oferece um olhar nostálgico sobre a infância de Pelé, narrada por um amigo próximo.
Onde assistir: disponível gratuitamente no Vimeo do cineasta
Cidade de Deus (Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição, Melhor Fotografia)
Cidade de Deus, em 2004, trouxe quatro indicações ao Oscar, apesar de não concorrer como Melhor Filme Internacional. A crueza e a energia da trama, que retrata a vida em uma das favelas mais notórias do Rio de Janeiro, capturaram a atenção da Academia.
Onde assistir: Globoplay
Carlinhos Brown e Sérgio Mendes – “Real in Rio” (Melhor Canção Original)
Em 2012, a música brasileira brilhou novamente no Oscar com “Real in Rio”, da animação Rio. A parceria entre Carlinhos Brown e Sérgio Mendes representou o país, mostrando a força da nossa música.
Onde assistir: Não disponível em streaming
O Menino e o Mundo (Melhor Animação)
A estreia do Brasil na categoria de Melhor Animação veio com O Menino e o Mundo, em 2016, uma obra que mistura arte, política e social em uma narrativa lúdica sobre as descobertas de um garoto.
Onde assistir: Globoplay (plano Canal Brasil)
Democracia em Vertigem (Melhor Documentário)
A mais recente indicação brasileira ao Oscar, em 2020, veio com Democracia em Vertigem, de Petra Costa. O documentário oferece uma visão íntima dos eventos políticos que levaram ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Onde assistir: Netflix
O Brasil já ganhou o Oscar?
Embora o Brasil tenha chegado perto várias vezes, o único Oscar diretamente relacionado ao país foi para Orfeu Negro, em 1960. Curiosamente, o filme concorreu representando a França, apesar de ser uma produção brasileira falada em português e ambientada no carnaval brasileiro.