Você já teve a sensação de que todos os filmes da Netflix são estranhamente parecidos? Não só na aparência, com cores e aspecto semelhantes, mas também nas histórias, que parecem seguir um padrão quase monótono? É hora de entendermos o que está por trás desse fenômeno.
A Ascensão da Netflix e a Fragmentação da Experiência Cinematográfica
Durante décadas, a experiência cinematográfica era centralizada em canais específicos, como a Sessão da Tarde, Tela Quente e cinemas. Era um evento coletivo, onde todos compartilhavam das mesmas histórias. No entanto, com o surgimento da Netflix e a morte da Blockbuster, essa experiência mudou drasticamente.
Com a Netflix, o acesso ao cinema se tornou mais fácil e diversificado. Não era mais necessário esperar por horários específicos na TV, pois você podia escolher o que assistir a qualquer momento. Essa mudança foi positiva em muitos aspectos, permitindo acesso a uma variedade maior de produções cinematográficas.
A Padronização da Aparência e das Histórias
No entanto, ao observar os filmes originais da Netflix, uma tendência preocupante se destaca: a padronização. Todos parecem seguir uma fórmula semelhante, tanto em termos de aparência quanto de enredo.
Em termos visuais, a Netflix adota padrões rígidos, desde o uso de câmeras até a paleta de cores, resultando em uma uniformidade visual que pode ser entediante. Enquanto cineastas como Tarantino criam identidades visuais únicas, os filmes da Netflix parecem perder essa individualidade.
Além disso, as histórias originais da Netflix estão se tornando cada vez mais previsíveis e superficiais. Os primeiros filmes e séries da plataforma eram inovadores e cheios de personalidade, mas essa originalidade foi se perdendo ao longo do tempo.
A Pesquisa e as Técnicas de Storytelling da Netflix
Uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Kiev identificou as técnicas de storytelling mais utilizadas pela Netflix. Eles destacaram duas abordagens principais: storytelling não linear e storytelling interconectado. Embora essas técnicas possam trazer complexidade às histórias, elas não substituem a necessidade de personagens marcantes e enredos cativantes.
O Problema dos Roteiros e a Falta de Alma nas Histórias
O cerne do problema reside nos roteiros. Por mais complexas que sejam as técnicas de storytelling, elas não compensam a falta de profundidade nos personagens e na narrativa. As histórias da Netflix parecem seguir uma fórmula vazia, resultando em filmes que, na melhor das hipóteses, são medianos.
Boas histórias vão além de estruturas complexas; elas requerem personagens memoráveis, diálogos inteligentes e enredos envolventes. É isso que diferencia uma obra de arte de um produto genérico.
Perspectivas Futuras e Expectativas
Enquanto a Netflix continua a lançar novas produções, é natural que algumas se destaquem mais do que outras. No entanto, é importante que a empresa não perca de vista a importância da originalidade e da qualidade. Com lançamentos futuros como “Rebel Moon 2” e “Atlas”, resta esperar que a Netflix retome o caminho da inovação e da excelência.
Em última análise, os espectadores merecem histórias que os envolvam, desafiem e inspirem. É isso que faz do cinema uma arte tão poderosa e transformadora.
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