A Disney é mestre em criar personagens cativantes que deixam marcas duradouras na cultura popular. Entre os mais amados, estão Pateta e Pluto, dois personagens que compartilham semelhanças físicas, mas que são radicalmente diferentes em suas representações e comportamentos. Este artigo explora por que Pateta fala e age como humano, enquanto Pluto se comporta como um cão típico, e como essas diferenças são justificadas tanto pela narrativa quanto por escolhas criativas do estúdio.
A personificação e a antropomorfia na Disney
A Disney é conhecida por sua habilidade de dar características humanas aos animais, um processo conhecido como antropomorfia. Mickey Mouse, por exemplo, é um rato que anda, fala e age como um ser humano. Pateta segue essa mesma linha, sendo um personagem com características físicas caninas, mas com comportamentos e habilidades totalmente humanos. Ele fala, anda sobre duas patas e interage com os outros personagens como se fosse uma pessoa.
Por outro lado, Pluto, o cão de Mickey, é representado de maneira muito diferente. Ele se comporta como um cachorro típico, andando sobre quatro patas, latindo e exibindo comportamentos típicos de um animal de estimação. Essa diferença entre Pateta e Pluto gera uma curiosidade: por que dois personagens que são essencialmente cães são tratados de maneiras tão distintas?
A explicação do dublador Bill Farmer
Em 2020, Bill Farmer, dublador de Pateta, forneceu uma explicação interessante sobre essa diferença. Em uma entrevista ao Yahoo Entertainment, Farmer disse que Pateta não é verdadeiramente um cão no sentido comum. “Pluto é um cão, mas Pateta parece estar na família canina da mesma forma que um lobo não é um cão, mas também está na família canina. Acho que Canis Goofus é o termo técnico em latim para o que Pateta é. Ele é simplesmente Pateta”, explicou Farmer.
Essa explicação sugere que Pateta pertence a uma subcategoria canina que permite a ele ter características humanas. Essa distinção permite que o personagem fale e aja como um humano, diferenciando-o de Pluto, que permanece como um cachorro típico.
Escolhas criativas da Disney
Além da explicação biológica, há uma razão criativa por trás dessas diferenças. Quando Pluto foi introduzido pela primeira vez em 1930, no curta-metragem The Chain Gang, ele foi retratado como um cão típico, andando sobre quatro patas e agindo como um animal de estimação. Essa escolha foi bem recebida pelo público, o que levou a Disney a mantê-lo como um cão comum.
A primeira aparição de Pluto como o cão de Mickey foi em 1931, no curta The Moose Hunt. Desde então, ele se estabeleceu como o fiel companheiro de Mickey, mantendo suas características de um cão típico. Essa representação permitiu à Disney explorar uma variedade de interações entre Mickey e seu animal de estimação, destacando a lealdade e as travessuras de Pluto.
Por outro lado, Pateta foi criado para ser um personagem com habilidades humanas, permitindo que ele participasse de uma ampla gama de histórias e interações. Como amigo de Mickey, Pateta traz um elemento de humor e humanidade às histórias, graças à sua capacidade de falar e se comportar como uma pessoa.
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A diferença entre Pateta e Pluto é um exemplo fascinante da habilidade da Disney de criar personagens diversos e cativantes. Enquanto Pateta é antropomorfizado e possui características humanas, Pluto permanece como um cão típico, refletindo diferentes abordagens criativas. Essas escolhas não apenas enriqueceram o universo da Disney, mas também criaram personagens únicos que continuam a encantar o público de todas as idades.