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O Senhor dos Anéis: Entenda a verdadeira origem da RIVALIDADE entre Elfos e Anões!

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Quem é fã de O Senhor dos Anéis já sabe que a relação entre elfos e anões não é das melhores. Desde o primeiro encontro entre Legolas e Gimli, na Sociedade do Anel, a tensão entre as duas raças é evidente. Mas de onde vem essa rivalidade? Afinal, por que duas das raças mais poderosas da Terra-média vivem em pé de guerra, trocando farpas e desconfianças?

Se você achava que essa briga é algo recente, saiba que a história por trás do conflito entre elfos e anões é muito mais antiga do que parece. Ela remonta à Primeira Era da Terra-média, e envolve joias, ganância e muito derramamento de sangue. Vamos explorar essa rivalidade histórica e entender por que, até os dias de hoje, elfos e anões têm dificuldades em se unir.

A origem da rixa: elfos e anões brigaram por joias na Primeira Era

O Senhor dos Anéis
Créditos: Reprodução
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A rivalidade entre elfos e anões começou muito antes dos eventos de O Senhor dos Anéis, ainda na Primeira Era da Terra-média, durante o período das Silmarils. No início, as duas raças até conseguiam manter uma convivência relativamente pacífica, com um certo apreço mútuo pelo artesanato e pelas coisas brilhantes. Essa relação de troca e colaboração prosperava, até que um projeto especial encomendado pelo rei Thingol, de Doriath, mudou tudo.

Thingol, impressionado com a habilidade dos anões, pediu que eles criassem um colar usando o tesouro recuperado após a derrota do dragão Glaurung. Esse colar ficou conhecido como Nauglamír, e Thingol o tornou ainda mais especial ao adicionar uma Silmaril ao centro da peça. Porém, os anões, encantados com o próprio trabalho, decidiram que mereciam ficar com o colar para si.

O que começou como uma simples disputa por um artefato logo se transformou em um conflito sangrento. Thingol, furioso, insultou os anões, chamando-os de “raça rude”, o que gerou uma série de batalhas. Os anões mataram Thingol, e os elfos, por sua vez, reagiram com brutalidade, resultando em muitas mortes durante a Batalha de Sarn Athrad e em outros confrontos. Desde então, a relação entre as duas raças nunca mais foi a mesma.

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Nauglamír e a tensão entre Legolas e Gimli em O Senhor dos Anéis

A rivalidade entre elfos e anões permaneceu latente ao longo dos séculos, e seus resquícios podem ser sentidos no tom venenoso entre Legolas e Gimli quando se encontram pela primeira vez em Valfenda, na Sociedade do Anel. O sentimento de desconfiança entre as raças está profundamente enraizado na história do Nauglamír, que marcou o fim da boa relação entre elas.

Mesmo que, em certos momentos, anões e elfos tenham se unido em prol de um bem maior, como na construção das Portas de Durin, ou na resistência contra Sauron, a tensão sempre esteve presente. A colaboração entre Elrond e o rei Durin III, vista em Os Anéis do Poder, é outro exemplo dessa convivência de conveniência, mas que não cura as feridas deixadas pelo passado.

O tema da ganância em O Senhor dos Anéis e as Silmarils

A rivalidade entre elfos e anões também reflete um dos temas centrais do universo de Tolkien: a cobiça e a busca por poder. Tanto o Um Anel quanto as Silmarils representam a ganância e o desejo de possuir algo de extremo valor, e como isso pode corromper até os corações mais nobres.

Assim como o Um Anel desperta a cobiça entre as raças da Terra-média, as Silmarils tiveram um efeito semelhante na Primeira Era. Criadas por Fëanor, essas joias causaram desavenças entre os próprios elfos e levaram à destruição e desespero para todos que tentaram possuí-las. A história entre elfos e anões é apenas mais um capítulo desse ciclo de ganância que permeia a obra de Tolkien.

O orgulho de Thingol e a obsessão dos anões em manter o Nauglamír para si refletem a corrupção causada pelo desejo de poder e riqueza. E essa dinâmica não é exclusiva das Silmarils. A história de Khazad-dûm, por exemplo, é marcada pelo orgulho dos anões que, ao cavar fundo demais em busca de mithril, acabaram libertando o Balrog que destruiu o reino. Já os elfos, ao longo de gerações, continuaram lutando e sofrendo por causa das Silmarils.

A verdadeira razão pela qual elfos e anões não se dão bem

O Senhor dos Anéis
Créditos: Reprodução

Apesar de o conflito em torno do Nauglamír ter acendido a chama da rivalidade, os escritos de Tolkien sugerem que elfos e anões estavam destinados a não se darem bem desde o início da criação. Enquanto os elfos foram criados pelo próprio Eru Ilúvatar, os anões foram obra de Aulë, um dos Valar, sem a permissão de Eru. Isso criou uma hierarquia clara na Terra-média, com os elfos sendo considerados superiores em O Senhor dos Anéis.

Essa diferenciação, estabelecida desde o começo, alimentou o sentimento de inferioridade entre os anões e o desprezo dos elfos por eles. Quando Thingol insultou os anões e exigiu o Nauglamír, o cenário já estava pronto para um conflito. Na visão dos elfos, os anões eram indignos de confiança, e na perspectiva dos anões, os elfos os viam como inferiores.

Mesmo após séculos de convivência, essa tensão nunca se dissipou completamente, e o relacionamento conturbado entre Legolas e Gimli em O Senhor dos Anéis, assim como entre Elrond e Durin em Os Anéis do Poder, são ecos desse ressentimento antigo. No fim, como tantas vezes acontece na Terra-média, a rivalidade entre as raças apenas beneficia aqueles que buscam espalhar o mal, como Sauron, que encontrou muito mais facilidade para conquistar a Terra-média por conta da desunião entre elfos e anões.

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