Filmes, Séries, Games, Tecnologia e Mais

Missão Impossível e Senhor dos Anéis? Veja a relação dos dois filmes!

A inteligência artificial (IA) deixou de ser um tema exclusivo da ficção científica e passou a fazer parte do nosso dia a dia, até mesmo nos filmes como Missão Impossível. De criações engraçadas a alertas alarmantes sobre seus possíveis perigos, a IA está cada vez mais presente em nossas vidas. No entanto, mesmo que já seja uma realidade, a indústria cinematográfica continua a explorar seu potencial criativo, trazendo à tona histórias que nos fazem questionar até onde essa tecnologia pode nos levar. Recentemente, vimos a IA como vilã em filmes de grande sucesso, mostrando que o interesse por esse tema está longe de acabar.

Em Missão Impossível 7: Acerto de Contas Parte 1, a IA aparece como uma ameaça global, capaz de invadir os sistemas de segurança mais protegidos do mundo, incluindo arsenais nucleares. Essa nova abordagem levanta questões importantes sobre o papel da IA na sociedade e os perigos que ela pode representar. Como Hollywood está retratando essas questões e qual o impacto disso no público? Vamos explorar essas e outras questões abaixo.

A ascensão da inteligência artificial na cultura pop

Missão Impossível
Créditos: Reprodução

Nos últimos anos, a inteligência artificial se tornou um tópico recorrente na cultura pop. Filmes, séries e até mesmo videogames estão explorando as implicações dessa tecnologia. No entanto, o que antes era apenas uma especulação de ficção científica está se tornando cada vez mais uma preocupação real. Governos e especialistas em todo o mundo têm discutido a necessidade de regulamentar o uso da IA, temendo que seu potencial para causar danos seja subestimado.

Hollywood, sempre atenta às tendências globais, não perdeu tempo em explorar o potencial narrativo da IA. Recentemente, vimos essa temática em filmes como Resistência, dirigido por Gareth Edwards, e em Missão Impossível 7: Acerto de Contas Parte 1, onde a IA é personificada como uma entidade quase onipotente, capaz de manipular o mundo à sua vontade.

Missão Impossível 7: a IA como vilã

Missão Impossível
Créditos: Reprodução

Em Missão Impossível 7: Acerto de Contas Parte 1, dirigido por Christopher McQuarrie, a IA é representada por uma entidade militar artificial com a capacidade de invadir os sistemas de computador mais seguros do mundo. Essa entidade é descrita como uma força invisível, mas extremamente poderosa, que ameaça a segurança global de maneira sem precedentes.

O desafio de retratar uma IA em um nível visual foi uma tarefa árdua para McQuarrie. Em uma entrevista para a Empire, o diretor explicou como inicialmente a representação da IA era muito semelhante ao Olho de Sauron, de O Senhor dos Anéis. Ele descreveu como a IA tinha um “movimento nervoso dos olhos” e que a cor original era vermelha. No entanto, após receber feedback de amigos e familiares, McQuarrie decidiu mudar a cor dos olhos da IA para azul, evitando assim a comparação direta com Sauron e criando um vilão próprio para Missão Impossível.

A comparação com o Olho de Sauron

Missão Impossível
Créditos: Reprodução

A comparação com o Olho de Sauron não é mera coincidência. O Olho de Sauron é um dos ícones mais reconhecíveis da obra de J.R.R. Tolkien, O Senhor dos Anéis representando o mal onisciente e a constante vigilância. A ideia de uma IA que pode “ver” tudo e controlar todos os aspectos da vida humana é uma atualização moderna desse conceito, trazendo para o presente as mesmas inquietações sobre poder e controle que eram centrais na obra de Tolkien.

McQuarrie revelou que a escolha de mudar a cor dos olhos da IA de vermelho para azul foi uma forma de distanciar sua criação da referência direta ao Olho de Sauron, mas mantendo a ideia de um “olhar” que tudo vê. Essa decisão reflete uma preocupação em como o público poderia interpretar essa entidade, uma vez que a analogia com Sauron poderia sobrecarregar a narrativa com referências ao passado, desviando a atenção da nova ameaça representada pela IA.

Leia mais:

A representação visual da IA no cinema

A questão de como retratar visualmente a inteligência artificial é um desafio constante para os cineastas. Diferente de vilões humanos ou até mesmo de criaturas alienígenas, a IA não possui uma forma física definida, o que exige criatividade para comunicar sua presença e impacto na trama. Em Missão Impossível 7, a solução encontrada por McQuarrie foi criar uma entidade que, embora não seja vista, faz sua presença ser sentida através de suas ações devastadoras.

Essa abordagem destaca um novo tipo de ameaça, mais abstrata, mas não menos real. O fato de a IA ser capaz de invadir os sistemas de segurança mais avançados do mundo e manipular informações em uma escala global é um reflexo direto dos medos modernos em relação à tecnologia. À medida que avançamos para um futuro cada vez mais digitalizado, o cinema continua a explorar essas ansiedades, trazendo-as para a tela grande de maneiras que nos fazem questionar nossa própria relação com a tecnologia.

O impacto da IA na sociedade e no cinema

A inteligência artificial está mudando não apenas a forma como vivemos, mas também como consumimos entretenimento. O crescente uso da IA como vilã em filmes reflete uma preocupação legítima sobre os perigos dessa tecnologia. Enquanto Hollywood continua a explorar esses temas, o público é levado a refletir sobre o papel da IA em suas vidas e o que o futuro nos reserva.

Missão Impossível 7: Acerto de Contas Parte 1, agora disponível na Netflix, é um exemplo claro de como o cinema está respondendo a essas preocupações, oferecendo uma visão sombria, mas envolvente, do que a IA pode se tornar. À medida que a tecnologia avança, a linha entre a ficção e a realidade se torna cada vez mais tênue, e o que antes era apenas um pesadelo de ficção científica pode estar mais próximo do que imaginamos.

você pode gostar também