Dentro do universo das Crônicas de Gelo e Fogo, poucos personagens são tão complexos e controversos quanto Saera Targaryen. Conhecida como a “Princesa Promíscua” ou “Princesa Devassa”, Saera é lembrada por seu comportamento rebelde e sua busca incessante por atenção. Neste artigo, vamos explorar a história dessa personagem intrigante e entender seu papel na narrativa de George R.R. Martin.
Saera Targaryen é uma figura que desafia os padrões de sua época. Filha do rei Jaehaerys I Targaryen e da rainha Alysanne, Saera teve uma infância marcada pela busca constante de atenção e pelo comportamento rebelde. Sua história é um reflexo das complexidades da nobreza em Westeros e das consequências de se viver sob os holofotes do poder.
O nascimento de Saera Targaryen
Saera Targaryen nasceu em 67 Depois da Conquista, e desde bebê já dava trabalho para seus pais e para a corte de Porto Real. Descrita como uma criança geniosa e carente de atenção, Saera usava seu status de filha do rei para conseguir tudo o que queria. Sua infância foi marcada por pegadinhas e exigências, que começaram a moldar sua reputação na corte.
Adolescência rebelde
Na adolescência, Saera Targaryen começou a se destacar ainda mais por seu comportamento ousado. Ela tinha três amantes favoritos entre os nobres de Porto Real: Jonah Mooton, Roy Connington e Braxton Beesbury. O grupo, que também incluía suas amigas Perrianna Moore e Alys Turnberry, era conhecido por suas travessuras e pela forma como Saera manipulava todos ao seu redor.
Um dos episódios mais polêmicos envolvendo Sara e seu grupo aconteceu quando eles levaram o bobo da corte, Tom Tonto, a um bordel. A situação fugiu do controle e chamou a atenção da Patrulha da Cidade, resultando na prisão dos rapazes e em um interrogatório que revelou ainda mais segredos sobre atividades sexuais de Saera.
A Punição e a Fuga
Quando seus segredos foram revelados, Saera tentou inicialmente negar tudo, mas acabou confessando seus atos proibidos para as mulheres da corte. Seu comportamento levou o rei Jaehaerys a ordená-la a ser presa em seu quarto. Mesmo assim, Saera tentou fugir, mas foi capturada novamente e enviada para Vila Velha para viver com sua irmã, a septã Maegelle. Lá, ela deveria se tornar uma irmã silenciosa, mas fugiu após um ano e meio, indo parar em Lys, onde trabalhou como prostituta.
A vida em Lys
Depois de fugir de Vila Velha, Sara prosperou em Lys, uma cidade conhecida por seus bordéis. Lá, ela se tornou uma importante e infame proprietária de casas de prazer. Durante o Grande Conselho de 101, três bastardos de Saera apareceram para reivindicar o Trono de Ferro, mas não foram levados a sério. Sara permaneceu em Lys até sua morte, sem nunca mais retornar a Westeros.
Reflexões de George R.R. Martin
A personagem de Saera Targaryen serve para explorar o tema do poder sem responsabilidade. Sua vida cheia de privilégios, mas sem deveres, levou-a a um caminho de autossatisfação desenfreada. Mostrar as consequências de se viver sem limites e sem um senso de dever, um tema que ressoa tanto em Westeros quanto na vida real.
Martin também usa Saera para demonstrar as diferenças de tratamento sobre a vida sexual das mulheres e dos homens em Westeros, já que se a Princesa fosse um homem o fato de ter relações antes do casamento, ou até participar de atividades desse tipo em grupo, seus atos nem ao menos seriam comentados, quem dirá punidos.
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Impacto de Saera na Corte
A história de Saera Targaryen teve um impacto profundo na corte de Porto Real e na vida de seus pais. O rei Jaehaerys nunca mais foi o mesmo após os eventos envolvendo sua filha, e a rainha Alysanne sentiu a perda profundamente. Saera prosperou em Lys e acabou se tornando uma importante proprietária de casas de prazer, falecendo em Volantis.
Saera Targaryen é um exemplo de como George R.R. Martin usa seus personagens para refletir sobre temas profundos e universais. Sua história nos faz pensar sobre os perigos do poder sem responsabilidade e sobre como o ambiente, neste caso machista, e a educação moldam nossas ações e destinos. A princesa rebelde de Westeros continua a ser uma figura fascinante e uma lição sobre as complexidades da vida na nobreza.