Os dragões sempre foram um dos elementos mais fascinantes e emblemáticos do universo de Game of Thrones e House of the Dragon. Recentemente, George R.R. Martin, o criador da série de livros que deu origem a esses sucessos, compartilhou detalhes inéditos sobre essas criaturas majestosas. Em um esclarecimento minucioso, Martin abordou questões sobre a anatomia dos dragões, sua representação em Game of Thrones e House of the Dragon, e até mesmo sobre o brasão da Casa Targaryen.
Essas revelações não só encantaram os fãs, mas também ofereceram uma visão mais profunda do meticuloso processo de criação de Martin. Vamos explorar cada detalhe revelado pelo autor e entender melhor os dragões do universo de Gelo & Fogo.
A anatomia dos dragões
George R.R. Martin deixou claro que os dragões em seu universo possuem uma anatomia específica. Segundo ele, “Eles têm duas pernas (não quatro, nunca quatro) e duas asas. Asas GRANDES”. Martin explicou que muitos dragões de fantasia têm asas pequenas que seriam insuficientes para levantá-los do chão, mas os seus dragões são projetados para voar de forma realista.
Ele também destacou que “Nenhum animal que já viveu na Terra tem seis membros. Os pássaros têm duas pernas e duas asas, morcegos iguais, idem a pteranodons e outros dinossauros voadores”. Essa fundamentação científica é essencial para a criação de criaturas verossímeis dentro do universo fantástico.
O brasão da Casa Targaryen
Uma das curiosidades mais intrigantes reveladas por Martin foi sobre o brasão da Casa Targaryen. Ele afirmou que o brasão correto tem apenas duas patas, mas lamentou que as adaptações televisivas tenham alterado esse detalhe. “GOT nos mostrou o brasão de duas pernas correto nas primeiras 4 temporadas e a maior parte da 5ª, mas quando a frota de Dany era vista, todas as velas mostraram dragões de quatro patas. Alguém foi descuidado, eu acho”.
Martin ainda comentou sobre a escolha feita em House of the Dragon: “HotD decidiu que o brasão deveria ser consistente com GoT… mas eles foram com o símbolo ruim em vez do bom. Aquele som que você ouviu era eu gritando, ‘não, não, não'”. Ele expressou frustração por ver a representação incorreta até nas capas de seus livros.
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A ligação com os homens
Os dragões de Martin são mais do que simples animais. Eles têm uma ligação profunda com seus cavaleiros, refletindo suas personalidades. “Como lobos, ursos e leões, os dragões podem ser treinados, mas nunca totalmente domesticados. Eles sempre serão perigosos. Alguns são mais selvagens e mais dispostos do que outros”.
Essa conexão especial será explorada com mais detalhes em futuros livros da série, como The Winds of Winter e A Dream of Spring, além de Fogo & Sangue.
Os dragões e o ambiente
Os dragões são criaturas de fogo e céu, o que influencia diretamente seus hábitos e habitats. Eles precisam de comida e água, mas não podem respirar debaixo d’água, sendo criaturas que necessitam de oxigênio para sobreviver. “Um dragão poderia mergulhar no oceano para pegar um peixe, talvez, mas eles voariam de novo. Se mantidos debaixo d’água por muito tempo, eles se afogariam, assim como qualquer outro animal terrestre”.
Martin enfatizou que seus dragões são predadores carnívoros que preferem carne bem passada e são extremamente territoriais, defendendo ferozmente seus covis. Eles habitam lugares altos, como topos de montanhas e vulcões, onde o ambiente é mais adequado para suas naturezas.
O comportamento dos dragões
Ao contrário de outras criaturas fantásticas, os dragões de Martin não são nômades. Eles permanecem em seus territórios a menos que sejam guiados por seus cavaleiros. “Você não encontrará dragões caçando nas terras fluviais ou na Campina ou no Vale, ou vagando pelas terras do norte ou pelas montanhas de Dorne”.
Essa característica territorial é crucial para entender por que os dragões não se espalharam por todo o reino, mesmo após trezentos anos de presença em Westeros.
A importância da fidelidade
George R.R. Martin concluiu sua explicação reforçando a importância de manter a coerência e a fidelidade na criação de mundos fantásticos. “A fantasia precisa ser fundamentada. Não é simplesmente uma licença para fazer o que você quiser. Smaug e Banguela podem ser dragões, mas nunca devem ser confundidos. Ignore o cânone, e o mundo que você criou se desfaz como papel de seda”.
Essas palavras servem como um lembrete de que, mesmo em universos de fantasia, a atenção aos detalhes e a consistência são essenciais para criar histórias envolventes e duradouras.