Prepare-se para uma viagem no tempo, onde Hollywood não era apenas glamour cinematográfico, mas um refúgio longe do caos urbano. O emblemático letreiro de Hollywood, aquele que se tornou sinônimo da cidade dos anjos, tem uma origem surpreendente que vai além da magia do cinema.
O Nascimento de Hollywoodland: Uma Propaganda Luminosa
Em um distante 8 de dezembro de 1923, 40 mil lâmpadas iluminavam um outdoor monumental nas colinas de Hollywood. Ao contrário de outros ícones americanos, este letreiro colossal não buscava celebrar a cultura, mas sim vender casas. Com a visão de ser lido à distância por qualquer pessoa que percorresse o Wilshire Boulevard, o letreiro de Hollywoodland nasceu como um ambicioso projeto imobiliário.
A tarefa de criar esse outdoor gigante foi confiada a Thomas Fisk Goff, proprietário da empresa de sinalização Crescent. Com a grandiosidade em mente, o letreiro foi transportado por tratores e até mulas, enfrentando encostas íngremes. Uma façanha que custou US$ 21 mil na época, equivalente a US$ 250 mil hoje.
Inicialmente, o letreiro era meramente um anúncio de imóveis, mas sua trajetória tomou rumos inesperados. Episódios trágicos, como o suicídio da atriz Peg Entwistle em 1932, deram uma dimensão dramática à estrutura. Aparecendo em filmes e obras de arte, o letreiro de Hollywood transcendeu seu propósito original.
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Declínio, Ressurgimento e Alterações Inusitadas
Com o tempo, o letreiro enfrentou desafios, mas a comunidade se uniu para sua reconstrução em 1978, liderada por Hugh Hefner. Desde então, a estrutura passou por diversas alterações, algumas provocativas, como HOLLYWeeD, celebrando a descriminalização da maconha.
Cercado por arame farpado e câmeras de vigilância, o letreiro de Hollywood permanece como um ícone que transcende o tempo. Ao contrário de outros monumentos, ele flutua acima das circunstâncias, aberto a interpretações individuais, tornando-se um símbolo global de Hollywood e seus sonhos.
Nesta comemoração de seu centenário, o letreiro de Hollywood continua a brilhar não apenas como um símbolo geográfico, mas como um reflexo da própria ambiguidade e magia que Hollywood representa.
