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Por que Harakiri é Agora Considerado o Melhor Filme de Todos os Tempos

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Uma surpreendente mudança nas preferências cinematográficas globais, desbancando clássicos como O Poderoso Chefão e Parasita. Descubra por que cinéfilos de todo o mundo estão rendendo-se a uma obra-prima japonesa e como ela se tornou o novo ápice do cinema.

Foto: Reprodução/YouTube

Masaki Kobayashi e a Obra-Prima do Cinema Japonês

No universo cinematográfico, existem momentos que nos presenteiam com agradáveis surpresas. Enquanto algumas listas de melhores filmes mantêm-se inalteradas, como a renomada do IMDb, o Letterboxd, aplicativo onde cinéfilos avaliam suas visualizações, traz uma narrativa variada. Se antes a disputa pelo topo envolvia obras como Um Sonho de Liberdade e O Poderoso Chefão, agora, uma reviravolta inesperada coloca em destaque Harakiri, uma obra-prima indiscutível do cinema japonês.

Desconstruindo a Hegemonia Americana

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Ao longo dos anos, o Letterboxd viu sucessivos líderes, desde O Poderoso Chefão e Parasita até Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, Homem-Aranha: Através do Aranhaverso e Vá e Veja. Contudo, a ascensão de Harakiri representa mais do que uma mudança de líder; é uma quebra com a hegemonia do cinema norte-americano, abrindo espaço para outras filmografias.

Harakiri: Uma Jornada de Honra e Vingança

Dirigido por Masaki Kobayashi, Harakiri é um filme de samurai que tece uma trama envolvente de desonra e vingança, repleta de reviravoltas. A narrativa, ao mesmo tempo complexa e acessível, é um verdadeiro quebra-cabeça em que cada cena adiciona uma peça crucial, revelando mais sobre si e mergulhando nas clássicas lutas de samurais características do cinema japonês dos anos 60.

A Saga de Hanshiro Tsugumo e a Busca pela Honra

Situado no século 17, o enredo acompanha Hanshiro Tsugumo, um samurai desempregado, que busca permissão para realizar o harakiri na residência da dinastia Ii. A história se desdobra ao revelar eventos do passado, incluindo a tentativa de Motome Chijiwa de cumprir o mesmo ritual. Mais de sessenta anos após o lançamento, Harakiri mantém-se intensamente moderno, explorando a complexidade humana, a imensurável dor, o ódio cego e a imperturbabilidade dos poderosos.

O Impacto Transformador de Harakiri

No emocionante terceiro ato, a tensão atinge seu auge, explodindo de forma eloquente; o destemido samurai, sem nada a perder, desencadeia uma barragem de violência, desmembramento e caos sobre o clã Li. O talentoso diretor de fotografia, Yoshio Miyajima, sob a batuta de Kobayashi, captura as cenas de luta com uma incrível graça e elegância. Em um momento impactante, Miyajima desvia a câmera da ação, deixando apenas os gritos dos homens desfigurados ecoando.

Num dos momentos mais marcantes da história cinematográfica, em “Harakiri”, Hanshiro Tsugumo desafia corajosamente o código que arruinou sua vida. Este instante poderoso nos leva a refletir sobre o que seria necessário para alguém denunciar aquilo em que mais acredita. Quando as circunstâncias se tornam pessoais e um dilema pessoal confronta as convicções mais profundas, qualquer devoção fanática a um código desmorona instantaneamente.

Assistir a Harakiri é mais do que uma experiência cinematográfica; é uma jornada de transformação. Kobayashi, com maestria, entrega uma obra sutil, detalhada e repleta de significado, lembrando-nos dos motivos pelos quais amamos o cinema. Com apenas 2 horas e 13 minutos, este filme é capaz de mudar profundamente a perspectiva do espectador.

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