O fim de The Crown marcou o encerramento de uma das séries mais impactantes da última década. A 6ª temporada trouxe uma visão tocante e introspectiva sobre os últimos anos do reinado da rainha Elizabeth II, abordando sua sensação de obsolescência e o peso de sua longa jornada no trono. Dividida em duas partes, a temporada tratou de momentos históricos marcantes, ao mesmo tempo que explorou a vida pessoal da monarca e as turbulências enfrentadas pela família real.
Agora que a série da Netflix chegou ao fim, é importante entender como The Crown lidou com questões delicadas, como o acidente de Diana, a transição para o século 21 e a crise interna que a monarquia enfrentou. Veja como o final da série honrou o legado de Elizabeth II e encerrou uma história que atravessou décadas de acontecimentos históricos.
O legado da rainha Elizabeth no centro do final de The Crown
O episódio final de The Crown, intitulado “Sleep, Dearie, Sleep”, mostra uma Elizabeth reflexiva, lidando com a percepção de seu próprio legado. A rainha, interpretada por Imelda Staunton, começa a sentir o peso dos anos no trono, questionando se ainda era adequada para o papel e até considerando abdicar em favor de seu filho, Charles. Embora a série tenha optado por não abordar a morte de Elizabeth, o episódio explora de forma sutil e respeitosa o planejamento de seu funeral, conhecido como Operação London Bridge.
Mesmo com os desafios enfrentados pela monarquia, o episódio reforça a determinação da rainha em continuar no papel que assumiu décadas antes, consolidando sua posição como o centro da instituição. A série não dramatiza a morte da monarca, mas faz alusão ao seu futuro descanso, fechando um ciclo que começou lá em 1953, com a sua coroação.
A introdução de novos desafios e o casamento de Charles e Camilla
Um dos principais arcos da última temporada de The Crown foi o casamento de Charles e Camilla, que aconteceu em 2005. A série retrata o evento de forma bastante fiel, mostrando as dificuldades enfrentadas por Charles para obter a aprovação da rainha, especialmente por conta de sua história com Diana. No entanto, o episódio final também reflete a aceitação de Elizabeth, que, apesar de não comparecer à cerimônia religiosa, deu um importante discurso durante a recepção no Castelo de Windsor.
Essa trama serviu como um importante ponto de transição para o futuro da monarquia, preparando o terreno para Charles se tornar o rei, o que aconteceu em 2022, após a morte de sua mãe. Embora a coroação de Charles não tenha sido mostrada, o arco de seu casamento com Camilla foi um importante marco para o desenvolvimento de sua trajetória dentro da família real.
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O emocionante encontro das três Elizabeths no episódio final
Um dos momentos mais emocionantes do episódio final de The Crown foi o encontro simbólico das três atrizes que interpretaram a rainha Elizabeth ao longo da série. Claire Foy, Olivia Colman e Imelda Staunton, cada uma representando diferentes fases da vida da monarca, apareceram juntas em uma cena que simboliza o encerramento de uma era.
Essa escolha narrativa trouxe um toque poético ao fim da série, mostrando as várias facetas da rainha ao longo de seu reinado e reforçando a evolução de seu papel ao longo dos anos. Além disso, The Crown incluiu a participação de Viola Prettejohn, que interpretou Elizabeth em sua juventude, completando o ciclo que a série construiu desde a primeira temporada.
A ausência da morte da rainha Elizabeth e o foco em seu legado
Embora The Crown tenha abordado a morte do príncipe Philip e até mesmo o planejamento do funeral de Elizabeth, a série optou por não retratar a morte da monarca. O criador da série, Peter Morgan, revelou que essa decisão foi tomada para manter um certo distanciamento do presente e garantir que a série fosse uma obra de ficção histórica, sem invadir os eventos atuais.
Esse foco no legado da rainha, em vez de sua morte, permitiu que The Crown terminasse de forma mais leve e respeitosa, olhando para o impacto duradouro de Elizabeth e os desafios que a monarquia enfrentaria no futuro.
O escândalo de Harry e o futuro da família real
Outro ponto de destaque da temporada final foi a retratação do escândalo envolvendo o príncipe Harry, que usou uma fantasia nazista em uma festa à fantasia. O incidente, que gerou grande repercussão na época, foi explorado no episódio final como parte das dificuldades que Harry enfrentou ao crescer na sombra de seu irmão, William. A série mostrou como esse momento foi um dos muitos obstáculos que a monarquia precisou enfrentar na era moderna.
No entanto, o final de The Crown deixa de fora outros eventos importantes que ocorreram após 2005, como o casamento de William e Kate, o afastamento de Harry e Meghan da família real e a coroação de Charles em 2023. Mesmo assim, a série cumpriu seu objetivo de retratar a evolução da monarquia ao longo de décadas e o impacto da liderança de Elizabeth II.
The Crown encerra uma era com maestria
O final de The Crown foi um encerramento emocionante e digno para uma série que acompanhou mais de 50 anos da história da monarquia britânica. A série foi além da história política, explorando os dramas pessoais e os desafios internos enfrentados pela família real. Com uma mistura de história e ficção, The Crown foi um tributo à rainha Elizabeth II, celebrando seu legado e mostrando como sua liderança moldou o futuro da instituição.
