A comédia de terror Beetlejuice, dirigida por Tim Burton e protagonizada por Michael Keaton, trouxe para o público um dos personagens mais icônicos do cinema: Betelgeuse, também conhecido como Beetlejuice. Esse bioexorcista, que se apresenta como “o fantasma com mais”, conquistou os fãs com suas habilidades sobrenaturais e seu humor bizarro. No entanto, há uma grande questão que sempre intrigou os espectadores: por que Betelgeuse não consegue dizer o próprio nome?
Enquanto o filme original não dá muitas explicações sobre o passado desse personagem, o spin-off Beetlejuice Beetlejuice oferece mais detalhes, como o fato de que ele viveu como um ladrão de túmulos no século XIV. Contudo, isso não esclarece por completo sua verdadeira natureza, já que Betelgeuse não age exatamente como um fantasma comum. Sua estranha incapacidade de dizer o próprio nome pode ter raízes em uma teoria ainda mais sombria, ligada à mitologia demoníaca. Será que Betelgeuse é, na verdade, um demônio disfarçado de poltergeist? Vamos explorar essa teoria e descobrir como ela pode transformar completamente nossa visão sobre o personagem.
Betelgeuse pode ser um demônio, não um fantasma
Apesar de Betelgeuse ser frequentemente descrito como um poltergeist, há algo que não se encaixa em seu comportamento típico de um fantasma. Em Beetlejuice, ele utiliza seus poderes para afastar os vivos de casas mal-assombradas, em vez de simplesmente assombrar essas residências como se espera de um fantasma. Além disso, Betelgeuse não consegue dizer o próprio nome, o que levanta suspeitas sobre sua verdadeira identidade.
Na mitologia demoníaca, acredita-se que um demônio não tem poder para dizer seu próprio nome, pois essa revelação o enfraquece diante de seus invocadores. Betelgeuse, então, poderia ser um demônio preso a essa restrição, o que explicaria por que ele precisa fazer charadas com Lydia para que ela descubra e diga seu nome três vezes, libertando-o. Essa teoria ganha ainda mais força quando lembramos que, ao dizer o nome de Betelgeuse três vezes, os personagens dos filmes podem invocá-lo ou bani-lo, o que reflete diretamente o controle que os invocadores têm sobre demônios na mitologia.
O nome Betelgeuse e sua origem misteriosa
Um detalhe importante que fortalece essa teoria é o próprio nome do personagem. Betelgeuse é como ele realmente se chama, mas o filme popularizou a grafia Beetlejuice, ambas pronunciadas da mesma forma. O nome “Betelgeuse” é, na verdade, o de uma estrela localizada na constelação de Órion, uma das mais brilhantes do céu. Essa escolha de nome não parece ser coincidência, pois, assim como a estrela, Betelgeuse é uma figura isolada, de origem enigmática, o que combina com o caráter do personagem.
Nos filmes, o nome de Betelgeuse aparece em sua lápide na cidade em miniatura de Adam Maitland, o que reforça que “Beetlejuice” é apenas uma variação popular para facilitar a pronúncia. Isso faz sentido dentro da teoria demoníaca, pois, ao manipular a grafia do nome, o invocador ainda teria poder sobre ele, independentemente da forma como o nome é escrito.
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Lydia Deetz tem poder sobre Betelgeuse
Nos dois filmes de Beetlejuice, fica claro que os invocadores de Betelgeuse, como Lydia Deetz, têm total controle sobre ele. Embora o bioexorcista tente enganar Lydia e os outros para alcançar seus próprios objetivos, ele não tem escolha sobre onde ou por quem será invocado. Isso é demonstrado várias vezes quando seu nome é dito três vezes, trazendo-o para o mundo dos vivos, e novamente quando o nome é repetido para mandá-lo de volta ao submundo.
Essa dinâmica de poder entre Lydia e Betelgeuse se alinha com a mitologia demoníaca, onde quem conhece o verdadeiro nome de um demônio pode controlá-lo. Além disso, Lydia tem a capacidade de ver fantasmas, como mostrado no primeiro filme. Porém, o fato de ela também enxergar Betelgeuse, que apresenta características incomuns para um fantasma, pode indicar que suas habilidades sobrenaturais se estendem a criaturas mais poderosas, como demônios.
A regra dos três e sua conexão com a magia
Em Beetlejuice, a regra dos três é mencionada no roteiro original e aplicada diversas vezes ao longo da história. Isso fica evidente quando Barbara, uma das personagens principais, precisa dizer a palavra “casa” três vezes para retornar ao seu lar. Da mesma forma, Betelgeuse só pode ser invocado ou banido ao ter seu nome dito três vezes. Essa repetição do número três é algo comum na mitologia, especialmente na bruxaria, onde se acredita que tudo o que é lançado no mundo retorna triplicado.
Essa conexão com a magia fortalece ainda mais a teoria de que Betelgeuse é uma entidade demoníaca. Sua invocação e banimento seguem as mesmas regras usadas para lidar com demônios e outras criaturas místicas, sugerindo que ele está vinculado a forças maiores do que as que controlam fantasmas comuns.
Betelgeuse em Beetlejuice 3: o demônio será canônico?
Com o lançamento de Beetlejuice Beetlejuice, os fãs tiveram a chance de aprender mais sobre o passado de Betelgeuse, mas ainda há muitas perguntas sem respostas. Enquanto o filme explica quem ele era quando estava vivo, pouco é dito sobre o que ele realmente é agora que está morto.
Se um terceiro filme de Beetlejuice for confirmado, há uma grande chance de que a teoria de Betelgeuse ser um demônio possa se tornar canônica. Esse novo filme poderia expandir a mitologia do Netherworld e revelar mais sobre a verdadeira natureza de Betelgeuse, finalmente esclarecendo por que ele não consegue dizer seu próprio nome e como suas habilidades estão conectadas ao mundo demoníaco.
Se essa teoria se confirmar, não resta dúvidas de que o status demoníaco de Betelgeuse abriria novas possibilidades para a franquia e deixaria os fãs ainda mais ansiosos para saber o que virá a seguir no universo de Tim Burton!