Duna: Parte Dois, dirigido por Denis Villeneuve, finalmente coloca um ponto final no debate de 59 anos sobre a verdadeira natureza de Paul Atreides, o protagonista de Duna, de Frank Herbert. A narrativa revela um Paul trágico e, em muitos aspectos, um vilão, não o herói esperado. Esta abordagem subverte as expectativas e critica as narrativas tradicionais do “escolhido”.


O Embate entre Versões: Lynch versus Villeneuve
A adaptação anterior de David Lynch, em 1984, retratou Paul como um herói triunfante, contrastando com a visão mais crítica de Villeneuve. Este último, ao abraçar a crítica de Herbert às narrativas do “escolhido”, tece uma história mais complexa e anticolonialista. A personagem Chani, interpretada por Zendaya, questiona o papel de messias de Paul, revelando um olhar cético que se alinha com as intenções originais de Herbert.
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Paul Atreides: Herói ou Vilão?
A trama de Duna 2 destaca a relutância de Paul em aceitar seu destino como messias Fremen. A influência da Bene Gesserit, especialmente de Lady Jessica, contribui para a complexidade do personagem. Paul, inicialmente, está animado com Arrakis, mas seus objetivos se alinham com os Fremen após a morte de seu pai pela Casa Harkonnen.
A Sombra do Heroísmo
Duna 2 explora a relutância de Paul em aceitar seu papel de messias Fremen, pois ele prevê os eventos sangrentos e incontroláveis que se seguirão. A trama enfatiza que Paul, mesmo libertando Arrakis, não é um herói convencional. O filme destaca a tensão entre suas ações e o impacto devastador que sua aceitação do papel de messias causa.
O Preço do Poder
Ao beber a Água da Vida e se tornar o Kwisatz Haderach, Paul desencadeia eventos terríveis. Duna: Parte Dois mostra sua maestria em manipular as massas e revela seu terrível potencial para o mal. O filme questiona a moralidade de suas ações, indicando que, embora libertando Arrakis, Paul se torna responsável por uma sangrenta guerra santa.


Conclusão Trágica e Advertência de Herbert
Ao final de Duna, Paul percebe o preço terrível de alcançar seus objetivos. O filme destaca as consequências da libertação de Arrakis, alertando sobre os perigos de heróis que ascendem ao status de deus. Herbert, nas palavras de Duna, busca mostrar a “síndrome do super-herói”, uma reflexão crítica sobre o papel do herói na ficção.