Os bastidores da tão aguardada produção sobre os Mamonas Assassinas estão finalmente sendo revelados. Depois de anos mergulhado em incertezas, o projeto que parecia se tornar uma lenda urbana finalmente ganha vida nas telas do cinema.
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Principais destaques
- Roteiro percorreu diferentes caminhos até encontrar a produtora ideal.
- Filme mergulha na história pessoal e artística dos Mamonas.
- Elenco traz nomes do teatro e promete uma imersão autêntica.
Desde 2016, quando o ator Ruy Brissac, reconhecido por seu papel nos palcos como Dinho, foi sondado para protagonizar um filme sobre os Mamonas Assassinas, muitas reviravoltas ocorreram. Inicialmente, o roteiro, elaborado por Carlos Lombardi, mudou de mãos até chegar à produtora Walkiria Barbosa, que se encantou com a história.
“Este projeto passou por diversas empresas e encontrar viabilidade parecia impossível. Quando tomei conhecimento do roteiro do Lombardi, me apaixonei pela narrativa”, conta Walkiria.
A fase de produção
A produção, sob a direção de Edson Spinello, conhecido pelas novelas da Record, traz à tona a história do grupo que alcançou o estrelato de forma meteórica, mas teve seu fim marcado por uma tragédia em março de 1996.
Segundo Walkiria, a versão inicial do roteiro precisou ser lapidada. Descobriram que a pesquisa inicial não estava completa, levando-os a buscar mais detalhes sobre os oito meses de intensa vida dos Mamonas, incluindo seus aspectos pessoais, resultando em um novo roteiro mais afinado e preciso.
“Entrar no universo dos Mamonas foi mais do que fazer um filme, foi uma responsabilidade contar essa história. Devíamos isso a eles, especialmente às famílias, que ainda os idolatram até hoje”, contextualiza a produtora.
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O filme busca entrelaçar os momentos de glória nos palcos com a vida fora deles
Isto mostrando como o grupo lidou com o sucesso repentino de músicas como a icônica “Pelados em Santos”. Para garantir a autenticidade, parentes dos integrantes dos Mamonas foram consultados, contribuindo com dicas sobre comportamento e linguagem.
No elenco, além de Ruy Brissac, já conhecido por seu papel como Dinho, estão nomes como Robson Lima, Adriano Tunes, Rener Freitas e Alberto Hinoto, este último uma das escolhas mais elogiadas do filme, interpretando Bento, seu próprio tio.
“A preocupação não era apenas com a fama dos atores, mas sim com a qualidade de suas performances e química entre eles”, explica a produtora.
Ruy Brissac, acostumado aos palcos, teve que se adaptar ao ritmo do cinema para dar vida ao seu personagem. “No teatro, a interpretação é mais ampla, enquanto no cinema é mais contida, mais próxima da realidade. Foi um desafio me aprofundar nos bastidores, na essência humana dos Mamonas.”
Apesar do orçamento reduzido, Mamonas Assassinas: O Filme mira no sucesso de outras cinebiografias, buscando não só a atenção dos fãs de longa data do grupo, mas também a nova geração, trazendo uma história potente capaz de inspirar e emocionar.
Os Mamonas
Os Mamonas Assassinas marcaram a cena musical brasileira com uma trajetória intensa e meteórica nos anos 90. Surgindo como uma explosão de irreverência, o grupo alcançou o estrelato em tempo recorde. Com músicas descontraídas e letras bem-humoradas, como “Pelados em Santos” e “Vira-Vira”, conquistaram o público de imediato.
A ascensão foi avassaladora: shows lotados, álbum de estreia vendendo milhares de cópias e uma popularidade estrondosa. A mistura de rock, pop e humor peculiar cativou uma legião de fãs ávidos por suas apresentações marcantes e letras contagiantes.
Contudo, o sucesso meteórico foi interrompido por uma tragédia devastadora. Em março de 1996, o avião que transportava o grupo e a equipe colidiu, ceifando a vida dos integrantes. A notícia chocou o país, interrompendo uma carreira que prometia voos ainda mais altos.
Apesar da trajetória breve, seu legado perdura. A energia contagiante e a capacidade de unir gerações com suas músicas continuam vivas na memória dos fãs. A irreverência e o estilo único dos Mamonas Assassinas deixaram uma marca indelével na cultura musical brasileira, relembrada com saudade e reverência até os dias de hoje.
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