O filme Barbie (2023) tem levantado muitas discussões e debates, inclusive polêmicas com viés sexista.
Isso porque, ao contrário do que muitos pensaram, a trama não aborda somente o mundo perfeito e cor de rosa da boneca mais famosa do mundo.
Ken, assim como no mundo dos brinquedos, é um personagem secundário, o que desagradou alguns habituados com o protagonismo masculino (ainda que a história original, incluindo seu próprio título, seja sobre uma mulher).
Mesmo assim (ou talvez por isso), o Ken ganha da Barbie em uma questão. Veja a seguir.
Barbie inova com igualdade de salários
O fenômeno Barbie (2023) trouxe uma série de questões a reboque. Uma delas diz respeito ao salário de suas estrelas.
Na produção, a atriz Margot Robbie interpreta a Barbie e o ator Ryan Gosling faz o personagem Ken. Apesar do protagonismo de Robbie e da indústria historicamente machista de atribuir salários mais altos aos homens, ambos receberam valores iguais por seus trabalhos: US$ 12,5 milhões cada.
Contudo, Ryan Gosling já tem um longo caminho nas telinhas e telonas e possui um patrimônio maior que Margot Robbie. Ou seja: nessa disputa, Ken vence a Barbie.
Robbie inclusive tem tido um dos maiores salários de Hollywood, mas ainda fica atrás de outros atores tão renomados quanto.
Vale lembrar que a atriz tem galgado seu espaço de uns anos para cá e já participou de grandes projetos como O Lobo de Wall Street (2013) e dando um show em Eu, Tonya (2017), filme em que também foi produtora.
Além disso, Robbie trabalhou com grandes marcas como Chanel e Calvin Klein e, em 2014, a australiana co-fundou a LuckyChap Entertainment, uma empresa de produção americana com sede em Los Angeles. A fortuna da atriz gira em torno de US$ 40 milhões.
Já o Ken do filme, o canadense Ryan Gosling, possui uma patrimônio líquido de US$ 70 milhões.
O Ken ganha da Barbie?
Mesmo Ryan Gosling ganhando de Margot Robbie na comparação entre as fortunas totais, há mais que se comemorar pelo fato de, em Barbie (2023), o salário ter sido equiparado.
Há tempos a equiparação salarial é abordada em diversos nichos sociais e profissionais, incluindo a classe artística.
No ano passado, por exemplo, o tema foi levado à abertura da maior premiação do cinema. Ao apresentar o Oscar, as atrizes Amy Schumer, Wonda Sykes e Regina Hall brincaram com a escalação delas, dizendo que a soma do que elas receberiam sairia mais barata do que se um homem estivesse em seu lugar.
Além disso, se a referência for qualidade de atuação e não os bens adquiridos em decorrência dela, a maior de todas as vencedoras é Katharine Hepburn, com quatro estatuetas.
Outra com números surpreendentes é a talentosíssima Meryl Streep, que foi indicada 21 vezes ao Oscar e possui um patrimônio líquido em torno de US$ 275 milhões.
Como se vê, não é só no filme que o Ken não ganha da Barbie.