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Disney é PROCESSADA por usar imagem de ator morto em Rogue One! Saiba tudo sobre a polêmica

Uma nova polêmica envolvendo a Disney e o uso da imagem de atores falecidos voltou a agitar os bastidores de Hollywood. Desta vez, a produtora Tyburn Film Productions, sediada em Londres, está processando a gigante do entretenimento por utilizar a imagem de Peter Cushing em Rogue One: Uma História Star Wars, mesmo após o ator ter falecido em 1994. O processo levanta questões sobre direitos de imagem e o uso de tecnologia CGI para trazer de volta personagens marcantes das telonas. Será que Hollywood foi longe demais ao ressuscitar digitalmente atores falecidos?

Com o crescente uso de CGI em grandes produções, como aconteceu com Moff Tarkin em Rogue One, a discussão sobre a ética e a legalidade dessa prática ganha cada vez mais força. Vamos entender o caso e o que ele pode significar para o futuro da indústria cinematográfica.

Por que a tyburn film productions está processando a Disney?

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Créditos: Disney/ Reprodução

A Tyburn Film Productions alega que a reprodução digital da imagem de Peter Cushing em Rogue One violou um contrato feito com o ator antes de sua morte. Cushing, famoso por seu papel como Grand Moff Tarkin no primeiro filme Star Wars, teve sua imagem recriada através de efeitos visuais sofisticados pela Industrial Light & Magic (ILM), utilizando o ator Guy Henry como dublê digital. Isso permitiu que o personagem retornasse às telas, mesmo após a morte do ator.

A produtora londrina afirma que tinha um acordo com Cushing para sua aparição em um filme de TV que nunca chegou a ser produzido, e que esse contrato lhes garantiria os direitos exclusivos sobre a imagem do ator. O Tribunal Superior decidiu que o caso deve ir a julgamento, apesar de o juiz Tom Mitcheson KC não ter considerado o processo como algo “indiscutível”. Enquanto isso, a Lucasfilm, subsidiária da Disney, defende que acreditava possuir os direitos necessários para usar a imagem de Cushing em Rogue One, baseada em sua participação no filme original de Star Wars.

Importância do processo para a indústria cinematográfica

Esse processo pode ter grandes implicações para a indústria do cinema, especialmente no que diz respeito ao uso de imagens de atores falecidos. Nos últimos anos, vimos um aumento no uso de tecnologia CGI para recriar rostos de atores que já não estão mais entre nós. A aparição de Marlon Brando em Superman Returns e a inclusão de Oliver Reed em Gladiador são exemplos notáveis de como Hollywood tem utilizado essa tecnologia para prolongar a presença de ícones do cinema.

Entretanto, o caso de Peter Cushing levanta a questão: até que ponto os estúdios de cinema possuem o direito de usar a imagem de uma pessoa após sua morte? A propriedade dos direitos de imagem é um dos principais pontos legais nesse debate, e a decisão do tribunal pode estabelecer um precedente importante para casos futuros.

Debate ético sobre o uso de CGI para atores falecidos

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Créditos: Disney/ Reprodução

Além das questões legais, o processo de Peter Cushing reacende o debate ético sobre o uso de CGI para recriar atores que já faleceram. Muitos questionam se é correto para os estúdios reivindicarem a propriedade da imagem de uma pessoa e usá-la sem o consentimento do ator, que obviamente já não está mais vivo para concordar ou discordar dessa prática.

Esse tema ganhou ainda mais força após a morte de Carrie Fisher, a icônica Princesa Leia de Star Wars. A Lucasfilm prometeu ser respeitosa ao tratar do papel de Fisher em Star Wars: A Ascensão Skywalker, mas a dúvida sobre como a franquia lidará com essa questão em futuras produções ainda paira sobre os fãs. Será que a tecnologia CGI será usada para dar continuidade ao papel de Leia na história, ou a narrativa irá contornar essa ausência? Esse debate não vai desaparecer tão cedo, especialmente com a evolução constante dos efeitos visuais.

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Impacto da tecnologia digital no cinema

A discussão em torno do uso da imagem de Peter Cushing é apenas uma parte de uma questão maior: a evolução da tecnologia digital no cinema. Nos últimos anos, o “vale misterioso” – a sensação de estranheza gerada por rostos digitais que parecem quase reais, mas não totalmente – vem diminuindo. A tecnologia está se tornando cada vez mais convincente, e as recriações digitais de personagens estão se aproximando da perfeição.

Em Rogue One, embora a recriação de Tarkin tenha sido impressionante, muitos ainda sentiram que havia algo de “fora do lugar” na aparência digital do personagem. No entanto, à medida que a tecnologia avança, é provável que essas recriações se tornem indistinguíveis da coisa real. Isso pode abrir novas possibilidades para o cinema, mas também levanta preocupações sobre o uso indiscriminado dessa tecnologia.

O que podemos esperar do julgamento

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Créditos: Disney/ Reprodução

Agora, com o caso de Peter Cushing indo para julgamento, a decisão do tribunal pode ter um impacto significativo no futuro da indústria cinematográfica. Se a Tyburn Film Productions conseguir provar que detém os direitos sobre a imagem de Cushing, isso pode forçar os estúdios a reverem seus contratos e acordos de licenciamento de imagem.

Por outro lado, se a Lucasfilm vencer, isso pode abrir as portas para mais recriações digitais de personagens icônicos, sem a necessidade de tantas restrições legais. Seja qual for o resultado, a decisão terá implicações importantes para a maneira como Hollywood utiliza a tecnologia CGI no futuro, e como os direitos de imagem serão tratados na era digital.

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