O universo cinematográfico da Marvel trouxe inúmeras adaptações de personagens dos quadrinhos para as telonas, e um dos mais aclamados pelo público é, sem dúvida, o anti-herói Deadpool, interpretado brilhantemente por Ryan Reynolds.
Mas será que todas as características do personagem original foram mantidas nos filmes? Vamos te mostrar os pontos em que Deadpool foi fiel aos quadrinhos e onde ele acabou deixando a desejar nas telonas. Prepare-se para uma análise divertida e esclarecedora!
A origem fiel
Um dos aspectos mais elogiados na adaptação cinematográfica de Deadpool foi a fidelidade à sua origem nos quadrinhos. Nos filmes, Wade Wilson descobre que tem múltiplos cânceres e busca um suposto tratamento que acaba deformando sua pele e lhe concedendo poderes regenerativos.
Toda essa trajetória foi retratada nos filmes de forma quase idêntica aos quadrinhos, com exceção da máquina maluca de oxigênio, que foi uma adição exclusiva do cinema. Mesmo assim, essa pequena mudança não comprometeu a essência da história original.
Poderes: o que foi fiel e o que não foi
Quando se trata dos poderes de Wade, a fidelidade aos quadrinhos foi praticamente total. O fator de cura, que permite ao personagem regenerar-se rapidamente de qualquer ferimento, foi retratado de maneira perfeita, com cenas memoráveis como a regeneração da mão e das pernas. Além disso, outros poderes como força, velocidade e habilidade com armas de fogo e brancas também foram apresentados com precisão.
No entanto, a origem dos poderes não foi tão fiel assim. Nos quadrinhos, Deadpool ganha seus poderes na mesma instalação onde Wolverine recebe o adamantium, a instalação Arma X. Nos filmes, o tratamento é feito sob o comando de Ajax, o que levou a algumas divergências em relação à história original. Mas, de forma geral, essas adaptações não comprometeram a experiência para os fãs.
X-Force: adaptação cômica
Uma das partes mais engraçadas do segundo filme foi a introdução da X-Force, com entrevistas hilárias para a formação da equipe. Porém, nos quadrinhos, não foi Deadpool quem fundou a X-Force, mas sim Cable.
A diferença é que nos quadrinhos, os membros da equipe são muito bem treinados, enquanto que, no filme, a X-Force acaba se tornando uma grande piada, com quase todos os membros morrendo ao saltar do avião. A adaptação foi fiel à essência cômica de Deadpool, mas não à formação original da equipe.
Parcerias fiéis
Se a formação da X-Force não foi fiel, as parcerias de Deadpool foram extremamente precisas. Nos filmes, ele trabalha com personagens como Colossus, Domino, Cable e Wolverine, todos já conhecidos dos quadrinhos. Além disso, as relações entre Deadpool e seus parceiros foram retratadas de forma muito fiel, com destaque para a dinâmica divertida e exagerada entre Deadpool e Colossus.
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A loucura nerfada
Um dos aspectos mais icônicos de Deadpool nos quadrinhos é sua insanidade, marcada por conversas consigo mesmo e múltiplas vozes em sua cabeça. Nos filmes, essa característica foi bastante atenuada.
Embora Deadpool seja sarcástico, imprudente e engraçado nos cinemas, ele não chega perto da verdadeira loucura dos quadrinhos. A opção por suavizar essa característica pode ter sido uma escolha para tornar o personagem mais acessível ao grande público, mas para os fãs mais dedicados, essa foi uma grande perda.
Sarcasmo e humor intactos
Uma característica que não poderia faltar em Deadpool é o seu sarcasmo ácido. Nos quadrinhos, Deadpool é conhecido como o “mercenário tagarela” por um motivo: ele nunca para de fazer piadas, nem mesmo em situações de extremo perigo.
Essa essência foi capturada de forma brilhante nos filmes, com Ryan Reynolds entregando uma performance que fez justiça ao personagem. O humor irreverente de Deadpool, que inclui piadas sobre si mesmo e referências a outros filmes e séries, foi retratado com perfeição, mantendo a essência do personagem original.
O mentiroso confiável
Nos quadrinhos, Deadpool é um personagem imprevisível, difícil de confiar, pois suas ações são muitas vezes contraditórias. Ele pode prometer ajudar alguém e, no momento seguinte, trair essa pessoa. Nos filmes, essa característica foi suavizada, e Deadpool acabou se tornando um personagem mais confiável. Essa mudança pode ter sido necessária para criar uma conexão mais forte com o público e garantir o sucesso dos filmes.
Quebra da quarta parede: um poder fiel
Um dos aspectos mais únicos de Deadpool é sua habilidade de quebrar a quarta parede, ou seja, de falar diretamente com o público. Esse “poder” foi trazido para os filmes de forma magistral, com Deadpool interagindo com os espectadores e fazendo piadas sobre o próprio filme.
A cena em que Deadpool sugere que as pessoas bebam água é apenas um exemplo de como essa habilidade foi utilizada de maneira genial, garantindo risadas e aplausos do público.
A primeira aparição desastrosa
Se há algo que os fãs de Deadpool prefeririam esquecer é sua primeira aparição nos cinemas, em Wolverine Origens. Nessa adaptação, o personagem foi completamente desfigurado, com a boca costurada, o que eliminou uma de suas características mais marcantes: sua tagarelice.
Além disso, os poderes de Deadpool foram alterados de forma absurda, tornando-o uma espécie de esponja que absorvia habilidades de outros personagens. Felizmente, em Deadpool 2, o próprio personagem voltou no tempo para apagar essa versão horrível de sua existência.
