No universo cinematográfico, poucas figuras são tão emblemáticas quanto o Coringa, o arqui-inimigo de Batman, que conquistou uma nova dimensão de complexidade e profundidade em Coringa (2019). Com a aguardada sequência Coringa: Folie à Deux prevista para 2024, fãs e críticos já começam a questionar como o filme tratará a ausência crescentemente notável do Cavaleiro das Trevas. Afinal, o impacto de Gotham sem seu guardião é uma questão que não pode ser ignorada à medida que novos personagens entram em cena.
O problema com o novo Batman em Coringa 2
Desde sua estreia, Coringa propôs uma abordagem mais sombria e introspectiva ao universo DC, posicionando-se deliberadamente fora da continuidade principal dos filmes de super-heróis. Joaquin Phoenix, com sua interpretação magistral de Arthur Fleck, não apenas ganhou os corações do público, mas também críticas aclamadas, pavimentando o caminho para sua volta em Coringa: Folie à Deux. No entanto, o contexto em que Arthur se torna o Coringa é complicado pela ausência de Batman, especialmente considerando as interações breves, porém significativas, com um jovem Bruce Wayne e o assassinato de seus pais no filme anterior.
A difícil tarefa de ignorar Batman
O primeiro filme, ambientado em 1981, não só revisitou a origem de um dos vilões mais icônicos da DC Comics, mas também estabeleceu a transformação de Arthur Fleck antes mesmo de Bruce Wayne assumir seu manto como Batman. Com a introdução de novos personagens como Harley Quinn, interpretada por Lady Gaga, e a confirmação de Harvey Dent, cresce a expectativa de que a influência de Batman se faça presente. Ainda que a narrativa do primeiro Coringa tenha se concentrado na jornada individual de Arthur sem necessitar de Batman, a inserção desses personagens icônicos na trama torna a ausência do herói uma questão ainda mais premente.
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O desafio de integrar Batman em Coringa 2
A complexidade aumenta ao considerarmos as diversas encarnações de Batman nos cinemas. Com Ben Affleck e Robert Pattinson recentemente assumindo o papel em diferentes linhas do tempo e universos, introduzir outra versão de Batman no mundo de Coringa poderia confundir ainda mais os fãs. Além disso, a temporalidade é um problema: Bruce Wayne, ainda criança em 1981, não estaria pronto para se tornar Batman no período em que Coringa: Folie à Deux provavelmente se passa.
Soluções criativas para o dilema de Batman
Uma das características mais intrigantes de Coringa foi a narração não confiável de Arthur Fleck, que deixa dúvidas sobre a veracidade de muitos eventos do filme. Este recurso poderia ser explorado ainda mais na sequência, permitindo que a presença de Batman seja sugerida através das alucinações de Arthur. Imaginar um inimigo super-herói poderia servir tanto para enriquecer a narrativa psicológica quanto para manter a coerência com o envelhecimento de Bruce Wayne.
Em última análise, enquanto Coringa: Folie à Deux se aproxima, a expectativa cresce não apenas para ver como o filme abordará a relação entre Coringa e Harley Quinn, mas também como resolverá, ou talvez deliberadamente ignore, a sombra cada vez mais longa do Batman. Com um lançamento marcado para 4 de outubro de 2024, só o tempo dirá como Todd Phillips irá surpreender e desafiar os fãs e críticos com sua visão única do universo DC.