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Conheça os 7 narradores que você não devia ter confiado

Em filmes e séries, narradores não confiáveis são aqueles mestres do engano que nos convidam a entrar em suas mentes e mundos, apenas para nos revelar, muitas vezes, que nada é o que parece. Esses personagens enigmáticos e complexos elevam a narrativa, desafiando nossas percepções e nos obrigando a questionar tudo o que nos é apresentado. Vamos mergulhar nos labirintos das histórias contadas por alguns dos narradores mais fascinantemente inconfiáveis do entretenimento.

Elliot Alderson em Mr. Robot

Mr. Robot, com sua abordagem única ao mundo do hacking e revolução digital, nos apresenta Elliot Alderson, um personagem cuja mente é um campo minado de depressão, transtorno dissociativo de identidade e ansiedade. Interpretado por Rami Malek, Elliot é um hacker genial cuja narrativa oscila entre a realidade e ilusões, fazendo com que o espectador esteja constantemente em dúvida sobre o que é real. As reviravoltas de Mr. Robot são um testemunho da complexidade de Elliot como narrador, onde a linha entre verdade e invenção é perpetuamente borrada.

Narrador
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Leonard Shelby em Amnésia

Christopher Nolan nos brinda com Amnésia, uma obra-prima que desafia a estrutura tradicional do tempo narrativo. Leonard Shelby, interpretado por Guy Pearce, é um homem em busca de vingança pela morte de sua esposa, uma jornada complicada por seu próprio amnésia anterógrada. Através de polaroids e tatuagens como suas únicas pistas, Leonard tenta juntar os pedaços de sua história, enquanto nós, espectadores, somos arrastados para sua busca distorcida pela verdade.

Louise Howell em Fogueira de Paixão

Em Fogueira de Paixão, Joan Crawford dá vida a Louise Howell, uma mulher cuja obsessão e amor não correspondido a levam ao limite da sanidade. O filme nos arrasta para dentro de sua mente enquanto ela tenta navegar pelos fragmentos de sua memória e desejo, mostrando que a realidade é frequentemente tingida pelas cores do coração partido.

David Haller em Legião

Legião, ambientado no universo dos X-Men, centra-se em David Haller (Dan Stevens), um mutante diagnosticado com esquizofrenia. A série habilmente explora as várias camadas da mente de David, onde realidade e ilusão se entrelaçam inextricavelmente. Suas experiências subjetivas, amplificadas por seus poderes mutantes, criam um terreno fértil para questionar a veracidade de sua narrativa.

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“Teddy” Daniels em Ilha do Medo

Leonardo DiCaprio, em Ilha do Medo de Martin Scorsese, interpreta Teddy Daniels, um marechal dos EUA investigando um desaparecimento em um hospital psiquiátrico. À medida que a investigação se desenrola, o próprio Teddy se torna cada vez mais enigmático, com a realidade se desdobrando e reconfigurando-se de maneiras que desafiam nossa compreensão e expectativas.

Joe Goldberg em You

You nos apresenta a Joe Goldberg (Penn Badgley), um homem cujo fascínio por suas paixões evolui para obsessão mortal. A série, contada sob sua perspectiva, nos seduz para simpatizar com ele, apenas para nos confrontar com a perturbadora realidade de suas ações. Joe é um lembrete arrepiante de como o amor pode ser distorcido além do reconhecimento.

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Os narradores em Rashomon

Rashomon, de Akira Kurosawa, é um estudo profundo sobre a subjetividade da verdade. Através das narrativas conflitantes de vários personagens sobre o mesmo evento – o assassinato de um samurai – somos convidados a contemplar a natureza elusiva da verdade e da realidade, tornando todos os envolvidos narradores questionáveis em sua própria maneira.

Esses narradores nos mostram que a verdade é muitas vezes uma tapeçaria tecida de percepções, memórias e desejos. Eles nos desafiam a não aceitar passivamente o que nos é mostrado, mas a questionar, a ponderar e, talvez, a entender que a realidade pode ser tão variável quanto o narrador que a conta.

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