Todo tipo de excesso é extremamente preocupante. E pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), lançou um documento oficial que aborda a temática do problema daqueles jovens que têm vício em games.
Buscando abordar e propagar a ideia de um consumo consciente, o objetivo é impedir o transtorno conhecido como gaming disorder, que pode ser considerado como “uso contínuo e recorrente da internet para games, sempre dividido com outros jogadores”.
Apesar disso, a entidade declarou que uma jogatina responsável pode oferecer diversos benefícios, como desafios cognitivos e motores, persistência e superação, trabalho em equipe, saber lidar com as derrotas e contar com uma experiência bastante ativa, ao contrário do proporcionado pela televisão.
O problema é que isso pode causar dependência. Por isso o documento alerta pais e responsáveis, de modo que eles permaneçam atentos aos jogos em que os filhos destinam o seu tempo.
Vício em games é reconhecido pela OMS
O gaming disorder, nome em inglês para quem tem vício em games, foi reconhecido como um distúrbio pela OMS na 11ª atualização da Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID-11).
No entanto, é importante ressaltar que existem algumas especificações para definir se a pessoa tem o problema ou não:
- Perda de controle
- Aumento de prioridade
- Continuidade ou aumento da atividade de jogo
Como dito anteriormente, os responsáveis devem permanecer de olho nas atitudes de seus filhos, de modo que eles não estejam se estressando tanto ao jogarem videogames com amigos ou desconhecidos.
É importante também verificar o conteúdo do game, afinal existem crianças que jogam jogos violentos, o que certamente não é benéfico no longo prazo para as mesmas.
É necessário avaliar a troca de mensagens com os amigos e outros jogadores, além de como o adolescente se comporta diante da tela.
Papel importante
Os pais deverão ficar atentos, pois tem um papel importantíssimo na criação de seus filhos. Isso faz com que as conexões familiares inclusive possam fortalecer as conexões familiares, enriquecendo o aprendizado a partir dos jogos e fazendo com que a atividade seja bem prazerosa e construtiva.
Uma das dicas é a que os pais fiquem sempre de olho na classificação indicativa dos jogos, com os mesmos acompanhando mesmo assim o desenvolvimento após o adolescente começar a jogar aquele determinado game.
E em situação nenhuma a conversa deve ser evitada. É fundamental que os responsáveis conversem diretamente com seus filhos para saber o andamento da jogatina, com quem estão sendo trocadas mensagens e qual o conteúdo das partidas.
Importante tomar iniciativas
Caso o vício em games seja diagnosticado, os pais devem tomar algumas iniciativas. Se o jogo prejudicar o adolescente em suas funções cognitivas e cotidianas, então é necessário adotar uma postura de julgamento, mas sim fazer com que o jovem se sinta acolhido.
Outra coisa, em nenhum momento a palavra ‘joguinho’ deverá ser utilizada, afinal o game é importante para a criança. Jogar não é uma perda de tempo, segundo os especialistas, e pode trazer inúmeros benefícios para a saúde e a memória.