Nem só de adeptos à greve em Hollywood é formada a classe de atores. Apesar dos profissionais do setor terem aderido em peso à paralização, a quem seja contra a medida.
Entenda a seguir.
Ator de Arrow critica a greve em Hollywood
O intérprete do Arqueiro Verde na série Arrow (2012-2020), Stephen Amell, criticou a forma adotada pelos Sindicato de Atores e o Sindicato de Roteiristas para negociar.
Embora tenha marcado presença em um evento de entretenimento, o GalaxyCon, para dar autógrafos e responder a fãs, Amell aproveitou para divulgar sua nova série do canal de televisão Starz: a recém estreada Heels (2023).
Vale destacar que a participação em eventos para promover estreias é proibida pelo Sindicato dos Atores.
Amell aproveitou a ocasião para tecer comentários sobre a greve em Hollywood.
Segundo o ator, apesar de apoiar seu sindicato e estar ao lado dos atores, ele não apoia a greve. Isso porque considera uma forma “reducionista de negociação”. Além disso, acredita que “do ponto de vista de programas, como que estreou ontem, ela [a greve] é míope”.
Após a repercussão, Amell procurou esclarecer suas declarações em sua conta do Instagram, onde diz que esse tipo de negociação não é fácil e reforça o apoio incondicional ao seu sindicato.
O ator de Arrow (2012-2020) foi procurado pelo The Hollywood Reporter, mas ele não fez novas declarações.
O Sindicato dos Atores, até o momento, não se manifestou, tanto sobre a fala de Amell, como com relação à sua presença e eventual divulgação no GalaxyCon da nova série.
A greve em Hollywood
Os atores e roteiristas de Hollywood resolveram entrar em greve após o fracasso das negociações com as produtoras de filmes e séries.
As partes são representadas, respectivamente, pelos Sindicato de Atores (SAG – AFTRA), Sindicato de Roteiristas (WGA) e pela Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP).
O Sindicato de Roteiristas optou pela paralização em maio de 2023. Pouco mais de dois meses foi a vez dos atores aderirem à greve.
Os roteiristas e atores batalham pela atualização dos contratos, mais segurança e pela regulamentação das plataformas de streaming, que atualmente repassam um valor ínfimo aos reclamantes.
Além disso, outra questão bastante abordada e que vem gerando polêmica e discussão com prós e contras é a utilização de Inteligência Artificial.
Os atores alegam que as produtoras pretendem comprar o direito de imagem deles, com o objetivo de utilizar voz e figura dos mesmos em projetos diversos.
Já os roteiristas preocupam-se com a produção de roteiros por plataformas como ChatGPT, tipo de AI muito utilizada para elaboração automática de textos.
Além desses profissionais da classe, outros demonstram insegurança quanto à utilização de tal ferramenta, como por exemplo os dubladores. A Inteligência Artificial também pode ser usada para reproduzir vozes, sendo assim substituta deles.
A indústria cinematográfica, por sua vez, saiu em defesa do uso do sistema de produção automática. Empresas como Netflix, Warner Bros. e Paramount Global já vêm aderindo à Inteligência Artificial.