Às vésperas de sua estreia, Argylle, o mais recente filme de espionagem de Matthew Vaughn, prometia agitar o cenário cinematográfico com um elenco de estrelas como Bryce Dallas Howard, Sam Rockwell e Henry Cavill.
Contudo, as expectativas deram lugar a uma avalanche de críticas menos do que lisonjeiras. Vamos mergulhar nas opiniões dos críticos e descobrir por que Argylle não conquistou os corações e mentes do público e da crítica especializada.
Uma introdução a Argylle
Argylle se apresenta como um thriller de espionagem cheio de ação e reviravoltas, prometendo levar os espectadores a uma aventura global sem precedentes.
No entanto, o que deveria ser uma jornada eletrizante acabou por se revelar uma experiência que muitos críticos desejariam esquecer.
“A autora reclusa Elly Conway escreve romances de espionagem best-sellers sobre um agente secreto chamado Argylle, que está em uma missão para desvendar um sindicato de espionagem global. No entanto, quando as tramas de seus livros começam a espelhar as ações secretas de uma organização de espionagem da vida real, a linha entre ficção e realidade começa a se confundir”, diz a sinopse de Argylle.
Críticas implacáveis detonam Argylle
Alissa Wilkinson, do “The New York Times”, não poupou palavras ao descrever a sensação pós-filme: “Ao fim dos créditos, o que resta é a constatação de que o tempo continua passando — e você acabou de perder 139 minutos dele.”
Essa crítica aponta para uma percepção de tempo desperdiçado, um sentimento ecoado por muitos outros críticos.
Jonathan Romney, do “Financial Times”, embora um pouco mais contido, também não se mostrou entusiasmado, criticando a abordagem do filme: “Apesar de toda a sua complexidade pretensamente inteligente, ‘Argylle’ é basicamente uma única ideia perseguida com um ritmo implacável e um gasto extravagante.”
Odie Henderson, do “The Boston Globe”, destaca a relação do filme com a franquia “Kingsman”, notando uma discrepância significativa em qualidade e apelo.
Henderson aconselha, com uma pitada de sarcasmo, que aqueles em busca de um filme de ação com “gatos CGI” deveriam optar por “Keanu”, uma comédia de 2016 estrelada por Jordan Peele e Keegan-Michael Key.
Richard Lawson, da “Vanity Fair”, questiona onde Argylle errou, sugerindo que o problema pode ser simplesmente o esgotamento criativo. “Este é o quinto filme de Vaughn neste estilo (contando ‘Kick-Ass’), e parece que ele ficou sem truques na manga.”
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Argylle já é um dos piores filmes do ano
Hoai-Tran Bui, do “Inverse”, descreve “Argylle” como um filme sem núcleo, uma crítica severa que aponta para uma falta de substância sob as camadas de tramas e referências.
Robert Daniels, de “RogerEbert.com”, concorda com essa avaliação, argumentando que “Argylle” falha em se equiparar a qualquer um de seus contemporâneos do gênero de espionagem, resultando em um filme que “falha ao tentar reinventar a mecânica de filmes melhores.”
Katie Walsh, do “Tribune News Service”, é extremamente direta em sua crítica, destacando os problemas estruturais profundos do filme e a execução falha da direção, culminando em um dos filmes mais caros e piores já produzidos.
Manuel Betancourt, do “The A.V. Club”, e Kevin Maher, do “The Times U.K.”, focam em problemas específicos de roteiro e caracterização, enquanto Robbie Collin, do “Daily Telegraph UK”, e Barry Hertz, do “The Globe and Mail”, entregam suas críticas com um humor ácido, destacando a incoerência e a estupidez caótica do filme.
Um consenso desfavorável para o filme
As críticas a Argylle são unânimes em sua decepção, descrevendo o filme como cansativo, estranho e sem vida.
A direção de Matthew Vaughn, antes celebrada por seu trabalho inovador, é vista aqui como desgastada e sem inspiração, deixando muito a desejar em um mercado saturado de filmes de espionagem.
Argylle parece não apenas falhar em entreter, mas também em justificar seu orçamento massivo, tornando-se um exemplo notável de como até os projetos mais promissores podem desandar.
Argylle está em cartaz nos cinemas brasileiros. Veja abaixo o trailer: