Em 2017, “A Força do Querer“, novela da Rede Globo escrita por Gloria Perez, quebrou paradigmas ao introduzir Yuri, um personagem otaku. Essa ousada inclusão foi mais do que um simples papel; representou um marco cultural, trazendo à tona a fascinante cultura dos animes e mangás para o grande público brasileiro.
Um Otaku nas Telinhas
Yuri, interpretado por Drico Alves, era um adolescente fascinado por “Dragon Ball Z“, refletindo a realidade de muitos jovens brasileiros. Essa representação foi uma novidade na teledramaturgia nacional, onde a figura do otaku raramente era explorada. Através de Yuri, o público teve um vislumbre do universo dos fãs de anime e mangá, um segmento cultural em expansão no Brasil.
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Impacto Cultural e Social
A inclusão de um personagem otaku em “A Força do Querer” foi um movimento audacioso e significativo. Esse passo representou não apenas a inclusão de uma subcultura frequentemente marginalizada, mas também abriu um diálogo sobre diversidade e aceitação. A novela, ao abordar a vida de Yuri, trouxe para o grande público temas como cosplay, a paixão por animes, e até questões mais sérias como o desafio da Baleia Azul.
A presença de Yuri na novela gerou uma forte conexão com o público jovem, que se viu representado na mídia mainstream. A identificação foi tamanha que muitos jovens foram inspirados a explorar mais profundamente a cultura otaku, ampliando seu interesse por animes, mangás e eventos de cosplay.
A influência de “A Força do Querer” foi além do entretenimento. Ela refletiu mudanças sociais em andamento no Brasil, onde a cultura pop japonesa ganhava cada vez mais espaço. A novela contribuiu para aumentar o respeito e a curiosidade pelo universo otaku, promovendo uma maior aceitação dessa comunidade diversificada e apaixonada.
Dragon Ball Z no Brasil
O fenômeno de “Dragon Ball Z” no Brasil é um exemplo marcante da popularização da cultura japonesa no país. A série, que é uma continuação de “Dragon Ball”, chegou ao Brasil em 2000, sendo transmitida inicialmente pela TV Bandeirantes e mais tarde por outros canais como o Cartoon Network e a Rede Globo. “Dragon Ball Z” representou um grande salto na história da franquia, trazendo personagens mais velhos e uma trama mais complexa.
A influência cultural de “Dragon Ball Z” no Brasil foi vasta. A série não apenas conquistou uma legião de fãs, mas também impulsionou o interesse por animes e a cultura japonesa em geral. Os personagens, especialmente Goku, tornaram-se ícones populares, figurando em diversas formas de mídia e até mesmo sendo citados em músicas de artistas internacionais como Chris Brown, The Weeknd e Drake.
Além da televisão, “Dragon Ball Z” também teve um impacto significativo no mercado de colecionáveis e videogames no Brasil. A franquia gerou uma variedade de produtos licenciados, incluindo action figures e jogos de videogame, contribuindo significativamente para o mercado de entretenimento.
Curiosamente, o dia 9 de maio é celebrado como o “Dia de Goku” no Japão, e o personagem foi um dos embaixadores das Olimpíadas de Tóquio, demonstrando o alcance global e a influência duradoura da série.
A introdução de um personagem otaku em “A Força do Querer” não foi apenas uma escolha narrativa; foi um marco cultural. Ela mostrou como a teledramaturgia pode ser um espelho das mudanças sociais e um catalisador para a inclusão e o reconhecimento de diferentes culturas. Esse momento na televisão brasileira abriu caminho para uma maior diversidade nas histórias que contamos, celebrando a riqueza da cultura pop global.
Após o sucesso de “A Força do Querer”, ficou claro que existe um vasto território a ser explorado na teledramaturgia brasileira, repleto de possibilidades e histórias ainda não contadas. O fenômeno otaku na novela foi apenas o início de um caminho que promete ser cada vez mais inclusivo e diversificado. A novela está disponível no GloboPlay.