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As 7 melhores HQs brasileiras da última década

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Se você é fã de quadrinhos, provavelmente já percebeu que a última década foi incrível para a produção de HQs brasileira. Apesar das mudanças tecnológicas, com smartphones e streaming tomando conta de nossas vidas, a paixão por gibis de papel continua firme e forte. Até mesmo em meio a uma economia instável, os quadrinhos brasileiros se mantiveram relevantes, conquistando leitores e ganhando reconhecimento internacional.

E sabe o que é mais legal? A variedade de temas e a diversidade de autores e autoras que surgiram nos últimos dez anos. Com festivais de HQs crescendo, novas editoras surgindo e autores independentes encontrando novas maneiras de financiar seus projetos, temos muitos motivos para comemorar. Nesta lista, vamos falar das sete melhores HQs brasileiras que marcaram a última década, mostrando como o quadrinho nacional evoluiu e conquistou seu espaço.

HQs
Créditos: Reprodução

Turma da Mônica Jovem #34 (2011)

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Pouca gente levou Mauricio de Sousa a sério quando ele decidiu criar versões adolescentes da Turma da Mônica, em estilo mangá e preto e branco. Mas em 2008, as primeiras edições esgotaram. A edição 34 trouxe o tão esperado beijo entre Mônica e Cebola, e o resultado foi incrível: 500 mil exemplares vendidos, um número surpreendente para o mercado brasileiro. Esse sucesso pavimentou o caminho para outras aventuras, casamentos, mortes e grandes sagas dentro da linha MSP.

Daytripper (2010)

Você pode até argumentar que Daytripper é uma publicação dos EUA, mas sua concepção e execução vieram dos irmãos paulistanos Fábio Moon e Gabriel Bá. A minissérie, que se passa no Brasil com personagens brasileiros, foi publicada em 10 capítulos ao longo de 2010 nos Estados Unidos. A obra alcançou o topo da lista de coletâneas do New York Times, ganhou prêmios como o Eisner e o Harvey, além de ter várias edições pelo mundo. A HQ continua sendo lida e vendida regularmente, provando seu caráter atemporal. Não é à toa que uma versão Absolute está a caminho nos EUA.

Achados e perdidos (2011)

Em agosto de 2011, os quadrinistas mineiros Eduardo Damasceno e Luis Felipe Garrocho decidiram pedir ajuda dos fãs para fazer uma versão impressa de sua webcomic Achados e Perdidos. O sucesso foi tão grande que 520 fãs se uniram para arrecadar R$ 30 mil, permitindo que a publicação acontecesse. Esse movimento inaugurou uma nova era de financiamento coletivo no Brasil, com o Catarse registrando mais de 1.200 projetos de HQ até o final de 2019, quase 70% deles financiados. Esse modelo abriu portas para inúmeros autores independentes.

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Adormecida: Cem anos para sempre (2012)

Antes de 2012, praticamente não havia graphic novels brasileiras assinadas por mulheres e publicadas por editoras. A gaúcha Paula Mastroberti quebrou esse paradigma com Adormecida: Cem anos para sempre. O projeto estava engavetado desde os anos 1980 e foi inspirado nos álbuns europeus de fantasia e na fábula da Bela Adormecida. Desde então, o número de autoras cresceu exponencialmente, marcando um movimento de paridade entre homens e mulheres no mundo dos quadrinhos.

Turma da Mônica: Laços (2013)

O projeto Graphic MSP foi uma grande sacada ao colocar autores do quadrinho independente para criar suas versões dos personagens de maior sucesso comercial do Brasil. Turma da Mônica: Laços, dos irmãos Vitor e Lu Cafaggi, foi a prova de que a ideia daria certo. Essa graphic novel se tornou a mais vendida da história e rendeu mais duas continuações, além de um filme que foi bem nos cinemas em 2019. As Graphic MSP continuam a fazer sucesso com o público e a crítica.

Tungstênio (2014)

Marcello Quintanilha já era conhecido no mundo dos quadrinhos, mas Tungstênio marcou uma mudança em sua carreira. Com quase 200 páginas em preto e branco, a história se passa em Salvador e traz um olhar único sobre a cidade. A obra ganhou prêmios no Festival d’Angoulême em 2016 e no Rudolph Dirks Award em 2017. Quintanilha agora é publicado em toda a Europa e continua criando graphic novels como Talco de Vidro e Luzes de Niterói. A adaptação para o cinema em 2018 também confirmou o sucesso de Tungstênio.

HQs
Créditos: Reprodução

Castanha do Pará (2016)

Em 2017, depois de um abaixo-assinado pela internet, o Prêmio Jabuti decidiu incluir a categoria de Histórias em Quadrinhos. O primeiro premiado foi Castanha do Pará, uma HQ independente com toques de surrealismo sobre um garoto nas ruas de Belém, criada por Gidalti Jr. A premiação para uma publicação de autor marcou a relevância dos independentes no quadrinho nacional, mostrando como eles conquistaram seu espaço no mercado livreiro.

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