A situação não está nada fácil para o maior estúdio de produções do planeta. A Disney+ vem enfrentando grave crise financeira, inclusive contando com uma perda assídua no número de assinantes.
De acordo com as últimas notícias, a plataforma de streaming segue distante da Netflix e do Prime Video, já que houve uma diminuição gigantesca no número de contratantes do serviço.
A queda foi tão brusca que a redução foi de 157,8 milhões para 146,1 mi pessoas assinando. Isso no período de março para junho.
O que mais impressiona é a queda enorme que ocorreu por conta da saída de indianos do Disney+.
Essa saída massiva se deveu ao fim das transmissões de cricket, um esporte extremamente popular na Índia. Revoltados, os fãs acabaram cancelando o serviço.
Houve também uma queda nos Estados Unidos, com a perda de 1% no número de inscritos na plataforma.
Serviço ainda foi lucrativo
Mesmo com todas essas dificuldades, o serviço ainda se tornou lucrativo para a megacorporação. Seu faturamento foi de U$S 22,3 bilhões.
Uma das situações que ajudou a empresa a manter o seu lucro foi aumentar o preço das assinaturas.
Além disso, a greve em Hollywood está travando as produções e fazendo com que suas produções fiquem congeladas, com casos de atrasos e até de adiamentos ocorrendo.
Aumento salgado
No entanto, a Disney+ percebeu uma forma de seguir aumentando o seu lucro anual mesmo com a queda brusca no número de assinantes. Trata-se de aumentar a assinatura e assim ganhar mais dinheiro em cima dos assinantes fiéis.
Nos EUA, a mensalidade do serviço de streaming vai custar U$S 14, três dólares a mais que atualmente. Isso no modelo sem anúncios.
Já o combo Disney+/Hulu/ESPN+ subirá de U$S 20 para U$S 25. Um aumento salgado para todos os contratantes, mas que pode garantir a sobrevivência da plataforma.
Os planos com anúncios seguirão sem alterações. Enquanto isso, a megacorporação tenta descobrir novas formas de recuperar o prejuízo e seguir atraindo novos assinantes para os seus serviços.
Nova compradora para a Disney?
Uma das maiores possibilidades é a da Disney+ ser comprada pela gigante Apple. Caso a empresa de entretenimento tenha partes colocadas à venda, a big tech com certeza poderá fazer uma oferta para adquirir um montante.
Vale lembrar que historicamente as duas companhias tem uma relação profunda, já que Steve Jobs, fundador da empresa da maçã, foi membro do conselho da Disney no início dos anos 2000, permanecendo até o ano de sua morte, em 2011.
Já o CEO da Disney, Bob Iger fez parte do conselho da Apple até 2019, quando a maçã lançou a Apple TV. E a partir do momento em que ambas passaram a competir, o dirigente não viu mais sentido em permanecer dentro de uma de suas concorrentes.
A empresa, que possui um valor de mercado de quase U$S 3 trilhões, além de quase U$S 62 bilhões em caixa para investimentos, é a principal candidata para efetuar a compra da empresa do Mickey.