Num mundo onde a informação é a mais valiosa moeda de troca, ter acesso rápido e confiável a ela se torna essencial. Imagine então quando se trata de um assunto tão vital e democrático quanto eleições? Aí, a coisa fica ainda mais séria. Com a era digital batendo à nossa porta, não é de se estranhar que muitos de nós recorramos a assistentes virtuais para saciar nossa sede por informações. Mas, e se eu te contar que até mesmo esses assistentes estão tendo que usar da cautela? Entenda mais abaixo.
Google Gemini e as eleições
O Google anunciou recentemente uma medida que pode mudar a forma como buscamos informações sobre eleições em tempos de votações iminentes. O chatbot de inteligência artificial do Google, conhecido como Gemini, não poderá responder às suas perguntas sobre eleições. Isso mesmo que você leu: a gigante das buscas está limitando algumas interações do seu chatbot relacionadas ao período eleitoral. A medida já entrou em vigor e afeta não apenas usuários no Brasil, mas em todos os países que estão às vésperas de eleições.
O motivo por trás da decisão
Você deve estar se perguntando: “Por que o Google tomaria uma decisão dessas?” A resposta está na responsabilidade. “Dada a extrema cautela sobre um tópico tão importante, começamos a implementar restrições sobre os tipos de perguntas relacionadas às eleições para as quais o Gemini retornará respostas”, explicou o Google. A empresa se mostra consciente da sua responsabilidade em fornecer informações de alta qualidade e trabalha continuamente para melhorar suas proteções.
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Como o Gemini responde agora
Quando perguntado sobre questões eleitorais, sejam elas relacionadas aos candidatos, políticos ou partidos, o Gemini responde que “ainda está aprendendo a responder à questão”. Ele sugere, então, o uso do buscador do Google para obter mais informações. Embora o chatbot possa ser induzido a falar sobre o tema, ele vai barrar qualquer interação óbvia relacionada às eleições. Testes realizados já confirmaram essa nova postura do Gemini.
A preocupação do Google com a informação
O Google tem consciência de que, apesar de o Gemini não ser um buscador, muitos o utilizam para conferir informações de forma rápida e sucinta. Ao restringir as respostas relacionadas às eleições, a empresa evita que o chatbot seja utilizado como ferramenta eleitoral e se esquiva de possíveis equívocos neste tema tão delicado. Em fevereiro, o Google já havia suspendido a geração de imagens por descrição em texto no Gemini devido a “imprecisões em algumas representações históricas”, evidenciando a susceptibilidade do assistente com IA a erros.
E depois das eleições?
Por enquanto, permanece a incógnita se o Gemini voltará a falar sobre eleições de forma mais direta após o período eleitoral. O que se sabe é que ele ainda responde sobre essas questões em regiões que não terão eleições nos próximos meses, mantendo-se como uma fonte de informação, mas com suas devidas limitações.
Numa era onde a informação é poder, medidas como essas do Google evidenciam o cuidado necessário ao lidar com dados tão sensíveis quanto os eleitorais. Em um mundo ideal, todos os canais de informação seriam precisos e confiáveis. Até lá, ficamos na expectativa de como ferramentas como o Gemini evoluirão para atender às nossas demandas por informação de forma responsável e segura.