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Barbie dá continuidade a “maldição” que dura mais de 20 anos no Oscar

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Em um mundo onde o sucesso de bilheteria e a aclamação da crítica muitas vezes caminham juntos, poucos filmes capturaram a imaginação do público como Barbie. Desde seu anúncio, o filme gerou uma expectativa sem precedentes, prometendo ser mais do que apenas uma aventura cor-de-rosa. Mas, enquanto Barbie quebrava recordes e enchia os cofres, uma antiga “maldição” do Oscar lançava sua sombra, reacendendo debates sobre o que realmente faz um filme ser digno da estatueta mais cobiçada do cinema.

Este fenômeno nos faz questionar: o sucesso comercial pode ser um impedimento para o reconhecimento da Academia? A jornada de Barbie nos Oscars de 2024 trouxe esta discussão de volta ao holofote, mostrando que, às vezes, até os filmes mais brilhantes enfrentam obstáculos intransponíveis na corrida pela glória.

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Barbie, com sua mistura de cor, drama e comédia, prometeu algo diferente desde o início. Entrando na arena com Oppenheimer, criou-se o fenômeno Barbenheimer, uma dualidade de lançamentos que dominou as conversas e os cinemas ao redor do mundo. No entanto, apesar do apoio maciço dos fãs e de um desempenho de bilheteria estelar, Barbie encontrou-se em um terreno já conhecido por muitos antes dela. À medida que a temporada de prêmios avançava, ficou claro que Barbie estava prestes a se tornar o mais recente exemplo de uma tendência intrigante no Oscar, onde o sucesso financeiro maciço não se traduz necessariamente em vitórias nas categorias principais.

Barbie
Créditos: Reprodução

A trajetória impressionante de Barbie

Desde sua estreia em 21 de julho de 2023, Barbie não foi apenas um filme; tornou-se um evento cultural. Seu sucesso estrondoso foi marcado por uma série de recordes quebrados: tornou-se o lançamento de maior sucesso nacional e global na história da Warner Bros, o filme de maior bilheteria de 2023, e a maior estreia global para um filme dirigido por uma mulher. Com 414 indicações em premiações e festivais de cinema ao redor do globo, as expectativas para Barbie nos Oscars eram altíssimas.

A “Maldição” dos US$ 1 bilhão no Oscar

Apesar de toda a euforia e reconhecimento, Barbie encontrou um obstáculo surpreendente. Ao não ganhar o Oscar de Melhor Filme, continuou a tendência observada desde 2004: filmes que arrecadam mais de US$ 1 bilhão dificilmente levam a estatueta principal para casa. O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei, em 2004, permanece o último filme a quebrar essa barreira. Desde então, seis filmes ultrapassaram essa marca de bilheteria, mas nenhum conseguiu conquistar o prêmio de Melhor Filme.

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Titanic e O Senhor dos Anéis: exceções que confirmam a regra

Curiosamente, Titanic de James Cameron, em 1998, e O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei são as únicas exceções a essa regra não oficial. Titanic, em particular, ganhou 11 Oscars, incluindo Melhor Filme, demonstrando que filmes com sucesso comercial fenomenal podem, sim, conquistar o coração da Academia. Esses casos, no entanto, parecem ser a exceção mais do que a regra, levantando questões sobre os critérios da Academia para a categoria de Melhor Filme.

O impacto cultural de Barbie

A jornada de Barbie até os Oscars de 2024 foi acompanhada de perto por fãs e críticos. Com uma arrecadação de US$ 1,45 bilhão, o filme não só se destacou nas bilheterias como também se tornou um marco cultural. A premissa única, a direção visionária e as performances memoráveis criaram um fenômeno inegável. No entanto, a forte concorrência no Oscar de 2024 mostrou que, mesmo com todos esses elementos, conquistar o prêmio de Melhor Filme ainda é uma tarefa hercúlea.

Barbie
Créditos: Reprodução

Academia ou Cultura popular?

A situação de Barbie nos Oscars de 2024 reacende uma conversa importante sobre o que constitui “excelência” no cinema. Enquanto a Academia pondera suas decisões, o público e a indústria continuam a celebrar filmes que, independentemente de prêmios, deixam uma marca na cultura popular. A história de Barbie é um lembrete de que, embora o reconhecimento oficial seja significativo, o impacto cultural e o amor do público muitas vezes transcendem os troféus.

Em última análise, a “maldição” dos US$ 1 bilhão no Oscar é uma faceta fascinante da complexa relação entre sucesso comercial e aclamação crítica. À medida que avançamos, talvez vejamos mais exceções como Titanic e O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei. Por enquanto, Barbie se junta a um grupo distinto de filmes que, apesar de não ganharem o Oscar de Melhor Filme, conquistaram algo igualmente valioso: um lugar permanente no coração e na mente de seu público.

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