Em meio ao brilho e estrondo dos blockbusters, onde heróis e vilões batalham por mais do que apenas a salvação do mundo, há histórias que, embora não tenham alcançado o pico da bilheteria, moldaram profundamente o curso de um universo inteiro. Este é o caso de Vingadores: Era de Ultron, o episódio da saga dos Vingadores que, apesar de não ter atingido os números astronômicos de seus irmãos na bilheteria, teceu intricadamente os fios que viriam a definir o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) como o conhecemos hoje.
Após o retumbante sucesso de Os Vingadores em 2012, que consolidou o MCU como uma força a ser reconhecida, Era de Ultron tinha uma tarefa árdua pela frente. Embora sua bilheteria mundial de US$ 1,4 bilhão seja nada menos que impressionante, ela não conseguiu superar os US$ 1,5 bilhão de seu antecessor, e ainda fica à sombra dos US$ 2 bilhões de Vingadores: Guerra Infinita e dos estonteantes US$ 2,7 bilhões de Vingadores: Ultimato. Ainda assim, Era de Ultron ocupa um lugar único no panteão do MCU, servindo como uma peça-chave que impulsionou inúmeras narrativas futuras.
Era de Ultron e a magia do MCU
A introdução de Wanda Maximoff, a Feiticeira Escarlate, em Era de Ultron, não só abriu as portas para a magia e feitiçaria no MCU, como também representou um desvio da abordagem até então relativamente fundamentada na ciência para explicar os poderes dos heróis. A partir de então, o MCU não hesitou em mergulhar de cabeça nos elementos mágicos e fantásticos, culminando na introdução de Doutor Estranho e a expansão das narrativas místicas.
O impacto da Feiticeira Escarlate
Era de Ultron não apenas revelou o imenso potencial da Feiticeira Escarlate, mas também iniciou uma trajetória de eventos que explorariam a profundidade de seu personagem e seus poderes. Desde a perda de seu irmão Pietro até a trágica morte de Visão, a evolução de Wanda foi central para o enredo de WandaVision e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, onde suas ações teriam consequências multiversais.
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Preparando o palco para o cósmico
Além de aprofundar o aspecto mágico do MCU, Era de Ultron também estabeleceu as bases para várias histórias cósmicas que seguiriam. A busca de Thor pelas Pedras do Infinito e o exílio involuntário de Hulk em Sakaar foram eventos diretamente decorrentes de Era de Ultron, culminando em Thor: Ragnarok e desempenhando papéis cruciais em Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato.
Influência na narrativa política
A destruição de Sokovia e os eventos subsequentes em Era de Ultron levaram à formação dos Acordos de Sokovia, uma peça central da narrativa política do MCU que culminaria em Capitão América: Guerra Civil. Esses eventos influenciaram profundamente a percepção pública dos super-heróis, estabelecendo o cenário para conflitos e desenvolvimentos futuros.
Rumo à introdução dos mutantes
Através das experimentações da Hydra com Wanda e Pietro Maximoff, Era de Ultron plantou as sementes para a introdução dos mutantes no MCU. Enquanto o conceito do Gene X ainda não foi explicitamente explorado, a sobrevivência dos irmãos Maximoff aos experimentos insinua a existência de uma predisposição genética, apontando para um futuro onde os mutantes desempenharão um papel significativo.
Embora Vingadores: Era de Ultron possa ter sido superado por seus sucessores em termos de bilheteria, seu legado é inegável. Este filme não apenas avançou a trama global do MCU, mas também introduziu conceitos e personagens que seriam fundamentais para o desenvolvimento da franquia. Seu impacto se estende muito além dos números, provando que, no vasto cosmos do MCU, cada história