O polêmico empresário Elon Musk, conhecido por sua liderança na Tesla, SpaceX, Neuralink e anteriormente no X (antigo Twitter), causou alvoroço nas redes sociais no último fim de semana ao anunciar, durante o lançamento do filme “Lola“, produzido pela filha do investidor Nelson Peltz, que estava considerando a aquisição de novas empresas. Contudo, o rumor ganhou força, sugerindo que Musk estaria de olho na Disney, avaliada em 180 bilhões de dólares.
A Intrigante Possibilidade de Elon Musk Adquirir a Disney
O boato ganhou força devido à relação de Peltz com a Disney, onde é um dos principais acionistas em meio a uma disputa no Conselho de Administração e divergências com o CEO Bob Iger. Peltz alega uma perda significativa de cerca de 70 bilhões de dólares pelos acionistas no último ano, enquanto as ações da Disney acumulavam modestos 5% de alta em 2023, em comparação com os impressionantes 25% do índice S&P 500 na bolsa americana.
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Além da tensão entre Peltz e Iger, surge um embate entre Musk e Iger, ampliado quando a Disney retirou a publicidade da rede social X após declarações polêmicas e antissemitas do bilionário. Apesar das sugestões de que Musk adquira a Disney, avaliada em 180 bilhões de dólares, um valor ligeiramente inferior aos impressionantes 198 bilhões de dólares em caixa que Musk possui, a possibilidade ainda é incerta.
Desafios da Disney e Estratégias de Recuperação
O universo mágico da Disney enfrenta desafios, com a divulgação de um prejuízo de US$ 460 milhões no segundo trimestre de 2023, atribuído à chamada “crise de criatividade”. Remakes de clássicos e sequências não têm alcançado bilheteiras expressivas, enquanto os assinantes do Disney+ diminuíram em quase 12 milhões no segundo trimestre deste ano.
Estratégias da Disney para Reverter o Cenário Desfavorável
Em resposta, a Disney está considerando estratégias para aumentar sua receita e lucro. Entre as medidas, estão o aumento dos preços das assinaturas do Disney+ nos Estados Unidos, possivelmente afetando o mercado global, e a cobrança de taxas mais altas para o compartilhamento de telas, inspirada na recente ação da Netflix.
Essas decisões fazem parte da nova abordagem liderada por Iger, que, após dois anos afastado, retorna ao comando com foco em lucratividade a curto prazo, deixando o crescimento em segundo plano. O estrategista-chefe da Avenue Securities, William Castro Alves, aponta que, embora o Disney+ gere receita, a lucratividade ainda é um desafio.
Desafios do Disney+ e Queda de Assinantes
O Disney+, inicialmente atraindo assinantes com preços competitivos e parcerias, enfrenta uma queda na base de usuários nos últimos dois trimestres. O fim das parcerias inflacionadas e a concorrência crescente de outros serviços de streaming contribuíram para essa redução.
No entanto, a queda de assinantes não é o único motivo para o prejuízo observado. Grandes investimentos em conteúdos sem retorno esperado, aliados à falta de grandes lançamentos, contribuíram para a baixa lucratividade. O analista de investimentos Vitor Miziara destaca a ausência de lançamentos expressivos nos últimos meses, evidenciando o desgaste da estratégia de revisitar filmes antigos.
Perspectivas para a Disney e o Desafio da Inovação
Diante desses desafios, a Disney busca redefinir sua trajetória. O presidente Bob Iger, mesmo enfrentando “ventos contrários no curto prazo”, expressa confiança no longo prazo da empresa. Resta acompanhar como as estratégias adotadas impactarão o futuro da Disney e se Elon Musk realmente será o protagonista dessa inusitada aquisição.