No imaginário coletivo, a Inteligência Artificial (IA) sempre ocupa um espaço futurista e, muitas vezes, assustador. Filmes clássicos de ficção científica pintaram cenários onde máquinas superinteligentes dominavam ou lutavam contra a humanidade. Mas, à medida que avançamos no século XXI, a realidade da IA se mostra muito diferente das versões de Hollywood. Embora a tecnologia tenha dado saltos impressionantes, a ficção ainda está muito distante do factual. Neste artigo, vamos desmistificar essas representações e mostrar como alguns filmes clássicos erraram em suas opções sobre a IA.
Desde O Exterminador do Futuro a AI – Inteligência Artificial , a sétima arte nos brindou com visões de futuros dominadas por IAs com desejos e ambições próprias. Porém, enquanto Hollywood explorava narrativas dramáticas e emocionantes, a IA no mundo real caminhava para se tornar uma ferramenta útil e presente no cotidiano, longe das sinistras inteligentes de dominação mundial. Vamos mergulhar nesse contraste, explorando sete que, apesar de seu impacto cultural, não acertaram na mosca sobre o futuro da inteligência artificial.
IA usando humanos
A ideia de IAs com objetivos próprios, manipulando humanos para alcançá-los, é um tema recorrente em filmes. No entanto, na realidade, a IA é desenvolvida para tarefas específicas, sem a capacidade ou o desejo de desviar dos seus objectivos programados. Um exemplo clássico pode ser visto em O Criador , onde John David Washington carrega uma criança chamada Joshua, representando uma visão amplamente fantasiosa da tecnologia.
Emoções e desejos
Em AI de Inteligência Artificial , vemos o jovem robô David sonhando em se tornar um menino de verdade. Essa narrativa, embora emocionante, falha em refletir que robôs, por sua natureza, não possuem desejos ou emoções, tornando a aspiração de se tornar humano algo fora do alcance da IA atual.
IA tentando se tornar humana
O Homem Bicentenário , estrelado por Robin Williams, explora um paradoxo semelhante, onde um andróide deseja se humanizar. A busca de trocar partes mecânicas por orgânicas é uma fantasia pura, distante das capacidades e objetivos das máquinas reais.
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Uma pessoa criando IA
Filmes como Eu, Robô sugere que um único indivíduo pode ser o “pai” ou “mãe” da IA. Na realidade, a criação de IA é um esforço coletivo que envolve a colaboração de numerosos especialistas, não o feito isolado de um gênio solitário.
Falta de problemas de fonte de alimentação/armazenamento
O desafio de alimentação e armazenamento é frequentemente ignorado nos filmes, onde robôs operam sem necessidade de recarga ou com capacidade limitada de armazenamento. Um exemplo é o Rev-9 em O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, que contradiz as limitações técnicas reais da IA.
Programação de IA
A complexidade da programação de IA é subestimada em muitas histórias, como em Blade Runner 2049 . Na vida real, cada IA é meticulosamente projetada para uma função específica, impossível de desvios arbitrários ou mudanças de objetivo.
IA maligna
A noção de IAs malignas, decidindo por conta própria exterminar a humanidade, é um tema popular, presente em filmes como Vingadores: Era de Ultron e O Exterminador do Futuro . Apesar de intrigante, essa ideia é puramente ficcional, com as IAs reais operando dentro de limites restritos e sem qualquer forma de desejo ou intenção.
Em resumo, embora o cinema ofereça uma visão dramática e muitas vezes sombria da inteligência artificial, a realidade é muito mais pragmática e menos ameaçadora. À medida que os AIs estão se tornando parte do nosso dia a dia, auxiliando em tarefas variadas e melhorando a eficiência em diversos campos. Longe de serem os vilões cinematográficos, elas são ferramentas valiosas que, com o tempo, só tendem a se tornar mais integradas e úteis à sociedade.