Os musicais têm um jeito todo especial de entrelaçar emoções, combinando o drama com pitadas de comédia, regados a momentos de pura emoção que podem tanto arrancar lágrimas quanto provocar gargalhadas estrondosas. Eles nos envolvem com melodias tão cativantes que se tornam quase impossíveis de esquecer, ecoando em nossa mente dias a fio, como um chiclete que gruda no sapato e não quer mais sair.
Mas o que acontece quando a poção mágica dos musicais não funciona como deveria? Ah, prepare-se, pois estamos prestes a embarcar em uma excursão peculiar pelos becos menos iluminados do mundo dos musicais, onde a magia parece ter tirado um dia de folga.
5 – The Broadway Melody (1929)
Imagine só, um musical que na época era o suprassumo da inovação, ganhando até Oscar, mas que hoje seria aquele vinho que azedou na adega. The Broadway Melody é aquele parente velho que todos respeitam, mas ninguém quer ouvir suas histórias pela milésima vez.
Com personagens que mais parecem robôs sem sal e músicas que fazem você questionar o gosto musical daquela época, este musical é um lembrete de que nem tudo que reluz é ouro… ou melhor, nem tudo que ganha Oscar merece replay.
4 – The Apple (1980)
Saltando para 1980, temos The Apple, um musical que tenta ser uma crítica futurista da indústria musical, mas acaba mais como um delírio febril do que propriamente uma obra de arte. Imagine um futuro onde a música rege tudo, mas o musical falha em entregar sequer uma melodia que valha a pena.
Se você está buscando musicais que parecem uma viagem psicodélica sem sentido com um toque de “o que eu acabei de assistir?”, este foi feito para você.
3 – Dear Evan Hansen (2021)
Avançando no tempo, Dear Evan Hansen nos mostra que até os sucessos dos palcos podem tropeçar feio na tela grande. Transformar um musical que já era controverso no teatro em um musical questionável foi uma escolha ousada.
O resultado? Uma história que deixa muitas pessoas desconfortáveis e uma performance que nos faz perguntar se a idade é apenas um número ou um limite de atuação. Dear Evan Hansen é um lembrete de que nem todas as histórias precisam de uma versão cinematográfica.
2 – Cats (2019)
Justo quando você achava que tinha visto de tudo, Cats chegou para mostrar que sempre há um novo patamar para o surpreendente, e não necessariamente no bom sentido. Imagine transformar um musical da Broadway, que já divide opiniões, em um filme recheado de CGI que mais parece saído de um sonho febril.
Sim, estamos falando daquele filme onde seres humanóides felinos dançam e cantam em um espetáculo que é, no mínimo, perturbador. Essa escolha ousada, que talvez tenha buscado inovar ou surpreender, acabou por se tornar um desastre cinematográfico, rendendo críticas que variaram do desconforto à pura incredulidade.
1 – Glitter (2001)
E para fechar com chave de… lata, temos Glitter. Este musical é um alerta estridente, um lembrete doloroso de que nem mesmo o brilho de uma superestrela como Mariah Carey no papel principal pode salvar um filme de afundar no mar do esquecimento, ou pior, ser eternizado por suas falhas.
Glitter tentou brilhar, mas sua luz foi ofuscada por uma avalanche de críticas que não perdoaram a tentativa mal sucedida de contar uma história envolvente através de canções e danças. O filme se destaca, mas não pelos motivos que gostaria: tornou-se um marco, uma referência quase didática de como um projeto pode desandar apesar do potencial ou do talento envolvido.
Uma jornada por musicais inusitados
Preparado para uma noite de cinema que desafiará sua compreensão de arte, talento e, talvez, até da própria realidade? Afine seu senso de humor, porque você vai precisar! E quem sabe, no meio de tanto desafino desses musicais, você não encontre uma nota de pura diversão inadvertida?
Afinal, até os maiores desastres têm seu charme oculto, esperando por aqueles corajosos o suficiente para descobri-lo. E então, pronto para cantar fora do tom com esses 5 musicais?