O Senhor dos Anéis: As Duas Torres, aclamado filme de Peter Jackson, é sem dúvida um dos grandes marcos da fantasia no cinema. No entanto, para os fãs mais fervorosos dos livros de J.R.R. Tolkien, algumas das mudanças feitas na adaptação cinematográfica causaram polêmica. Embora o filme tenha sido um sucesso nas bilheterias, muitas das decisões criativas de Jackson, que diferem do material original, deixaram alguns fãs incomodados.
Enquanto muitos aplaudiram a grandiosidade das cenas e a profundidade emocional dos personagens, outros sentiram que algumas escolhas artísticas distorceram a essência dos livros. Vamos explorar as 10 principais mudanças que mais dividiram os fãs e entender como elas impactaram a adaptação dessa obra-prima da literatura para o cinema.
Théoden estava sob um feitiço no filme
No filme, Théoden, o rei de Rohan, foi mostrado como estando diretamente sob um feitiço sombrio de Saruman. No entanto, no material original de Tolkien, o controle de Saruman era bem mais sutil. Em vez de magia explícita, Théoden foi enfraquecido pela influência negativa de Gríma Wormtongue, que manipulava suas decisões através de conselhos distorcidos.
Apesar de ser uma mudança polêmica, a representação de Théoden no filme rendeu um dos momentos mais poderosos da trilogia. A recuperação do rei e sua volta à luta foi um espetáculo cinematográfico, mesmo que isso tenha custado parte da agência de Théoden na sua jornada redentora.
Erkenbrand foi substituído por Éomer no filme
Outro desvio do livro foi a ausência de Erkenbrand, o lorde de Deeping-comb, que desempenha um papel fundamental na batalha pelo Abismo de Helm no romance. Jackson optou por simplificar a história, colocando Éomer, interpretado por Karl Urban, no centro das ações.
Essa mudança deu mais foco e profundidade ao arco de Éomer, tornando-o um personagem de destaque, enquanto Erkenbrand foi completamente excluído. Para muitos fãs, isso foi uma escolha inteligente de Jackson, pois ajudou a manter o ritmo e a narrativa mais acessível ao público.
Gimli como alívio cômico
Gimli, o anão, foi usado em grande parte do filme como alívio cômico, algo que divergiu bastante da representação séria e respeitável do personagem nos livros. Embora ele ainda fosse um guerreiro respeitado, suas falas cômicas – como a famosa “não conte ao elfo” – mudaram significativamente a maneira como o público o via.
Essa escolha gerou opiniões divididas. Enquanto muitos apreciaram o humor, outros sentiram que o heroísmo de Gimli foi diluído por piadas que não existiam no material original de Tolkien.
Os cidadãos de Rohan se abrigam no Abismo de Helm
No livro, Théoden envia os cidadãos de Rohan para Dunharrow, um local mais seguro para se proteger da invasão dos Orcs. Já no filme, Jackson decide levar o povo para o Abismo de Helm, transformando isso em uma decisão estratégica do rei.
Essa mudança fez com que Théoden parecesse mais inseguro e errático em sua liderança, algo que não ocorre nos livros. Jackson optou por transformar o Abismo de Helm em um ponto crucial para o clímax do filme, o que reforçou o drama da batalha, mas enfraqueceu a posição de liderança de Théoden.
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Faramir foi retratado de forma mais cruel no filme
Faramir é um dos personagens mais íntegros e nobres nos livros de Tolkien, resistindo às tentações do Um Anel. No filme, porém, ele foi retratado como mais severo e até cruel em sua interação com Frodo e Gollum, algo que não agradou a muitos fãs.
Jackson justificou essa mudança para aumentar a tensão dramática, mas muitos acham que isso comprometeu a essência do personagem de Faramir. No entanto, ao longo da trilogia, Faramir volta ao seu caminho original, o que amenizou as críticas.
Os Ents precisaram ser manipulados para lutar
Nos livros, os Ents, as grandes criaturas-árvores, decidem por si mesmos lutar contra Saruman. No filme, essa decisão é manipulada por Pippin, que os leva a testemunhar a destruição causada por Saruman, o que os incentiva a entrar na guerra.
Embora essa mudança tenha dado mais protagonismo aos hobbits, muitos fãs sentiram que os Ents perderam parte de sua sabedoria e força ao precisarem ser persuadidos a lutar, o que é um dos aspectos mais heróicos deles no material original.
O momento mais heroico de Théoden foi dado a Aragorn
No clímax da batalha do Abismo de Helm, Théoden, nos livros, sugere liderar uma investida heroica contra os Orcs. No entanto, essa fala e momento de bravura são dados a Aragorn no filme. Isso permitiu que Aragorn brilhasse ainda mais como líder e herói, mas muitos fãs sentiram que o desenvolvimento de Théoden foi sacrificado.
Essa decisão fez com que Aragorn assumisse um papel ainda maior, enquanto Théoden perdeu parte de seu arco de redenção.
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Faramir resistiu ao Um Anel no livro
Nos livros, Faramir demonstra ser um dos poucos homens capazes de resistir à tentação do Um Anel. No filme, Jackson opta por mostrar Faramir sendo tentado pelo poder do anel, uma escolha que reforça a ideia de que os homens são facilmente corrompidos.
Essa mudança gerou críticas, pois no material original, a resistência de Faramir ao anel era uma parte essencial de sua nobreza e força de caráter, algo que se perdeu parcialmente na adaptação.
O destino de Saruman foi cortado no filme
Saruman, o grande vilão, teve seu destino cortado da versão teatral de As Duas Torres. No livro, ele é morto por Gríma Língua de Cobra, mas Jackson optou por deixar esse desfecho para a versão estendida de O Retorno do Rei.
Isso gerou uma certa frustração entre os fãs, especialmente para quem assistiu apenas a versão teatral, pois o arco de Saruman parecia inacabado.
O encontro com Shelob foi reservado para O Retorno do Rei
Uma das maiores mudanças foi a alteração da linha do tempo envolvendo Shelob, a grande aranha. Nos livros, Frodo e Sam encontram Shelob em As Duas Torres, mas Jackson decidiu mover essa parte para O Retorno do Rei, dando mais destaque ao confronto em Helm’s Deep como o clímax do segundo filme.
Essa alteração permitiu que O Retorno do Rei começasse com grande impacto, mas mudou significativamente o ritmo original da história.